São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2001

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PAINEL FC

Questão de seara
A amigos, Wanderley Luxemburgo tem dito que, como ""psicólogo", ele se sai melhor do que Suzy Fleury. As relações entre os dois continuam estremecidas desde o fim da Olimpíada. O técnico acha que a profissional se aliou a jogadores que contestaram sua autoridade no comando da seleção.

Criador e criatura
Mas na CBF há quem diga que o treinador experimentou do próprio veneno, já que foi ele quem projetou Fleury no futebol. O objetivo, que seria dar um ar de modernidade à seleção, não foi alcançado.

A volta do lobo
Não são só os que defendem Luxemburgo que têm agido na rua da Alfândega. Na sede da CBF, aliados de Zagallo pregam a volta do tetracampeão.

Gogó
Quem defende Zagallo acha que o velho discurso de que a seleção é a melhor do mundo faz falta. O próprio Ricardo Teixeira já pediu a Leão que comece a adotá-lo. O problema é que, com o jogo que tem apresentado, fica difícil convencer os rivais da superioridade brasileira.

Teimosia
Apesar das vaias, do coro de burro e dos insultos dos dekaseguis, Leão insiste que o Brasil foi bem no empate contra o Canadá. Ontem, recorreu a dados da Fifa para mostrar que a seleção finalizou mais contra os canadenses do que contra Camarões, quando venceu por 2 a 0.

Namoro tricolor
Titular da seleção, Leandro, diz que, se for para ficar na reserva da Fiorentina, prefere voltar ao Brasil. Afirma morrer de saudades da Lusa, mas optaria por São Paulo, Corinthians ou Palmeiras. Seus olhos brilham mais quando ele pronuncia o nome do time do Morumbi.

No partido de ACM
Pampa, que defendeu a seleção brasileira de vôlei, quer fazer carreira política. Filiado ao PFL, vai se lançar candidato a deputado em 2002, provavelmente em Pernambuco. Só não sabe ainda se a estadual ou federal.

Aprovado
Quem mais incentiva a FPF a manter a maior parte dos jogos do Paulista no interior é o Corinthians. O presidente Alberto Dualib acha que é a única maneira de conservar vivo o Estadual, já que os torcedores da capital não têm ânimo de ir aos estádios para ver os times grandes enfrentando os pequenos.
Novo público
O dirigente diz que Eduardo José Farah, o presidente da federação, lhe assegurou que em 2002 o Paulista continuará sendo jogado no interior. E, assim, torcedores que têm poucas possibilidades de ver seu time ""ao vivo" ganham uma nova chance no ano que vem.
Descaso
O Tenerife não pára de reclamar do Corinthians. O empresário José Veiga, representante do clube espanhol, esteve em São Paulo com as exigências para vender André Luiz aos paulistas. Retornou para a Europa sem ter tido contato com nenhum dirigente corintiano.
Muita grana...
Irritado com as críticas de Caio à diretoria santista, o presidente Marcelo Teixeira não deixou por menos. Disse a um conselheiro na Vila que o time se livrou de boa. Afinal, ele considera o atacante, recém-contratado pelo Flu, um dos reservas mais caros do futebol brasileiro.
... por nada
Outra diretoria que ficou aliviada foi a do Palmeiras, que festejou o acordo entre Benfica e Argel. Considera que o zagueiro, além de não ter clima com os demais jogadores, não tem futebol para ganhar o que ganha, quase R$ 90 mil mensais.
Articulação
Antes conformada com a provável não-aprovação de partes do relatório de Sílvio Torres (PSDB-SP) que incriminam Teixeira, a base de deputados que apóiam a investigação mudou seu discurso. Agora, diz que já tem votos suficientes para derrotar a "bancada da bola".
E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Toninho Cerezo, técnico do Kashima Antlers e ex-volante da seleção, sobre Leomar:
- No meu tempo, o camisa 5 jogava com a cabeça erguida, dava passes certos e fazia lançamentos. Hoje em dia, não consegue acertar um passe lateral de dois metros.


CONTRA-ATAQUE
Rivalidade até no Legislativo

No Corinthians, todos têm elogiado os jogos que o time faz no interior. Não é por menos. Mesmo atuando fora, a equipe normalmente tem mais torcida e joga como se fosse em casa.
Mas há exceções. Uma delas se deu na última terça, dois dias após a conquista do Paulista.
Em Caçapava, interior de São Paulo, os corintianos sofreram verdadeira goleada. Na Câmara Municipal da cidade, o vereador José Ferreira da Cunha (PDT) sugeriu que fosse votada uma moção de aplauso para o time paulistano, uma forma de homenageá-lo pelo título estadual.
Após muita discussão, a proposta foi rejeitada. E por goleada. Por dez votos a três, ficou acertado que o Corinthians não receberia aplauso nenhum.
Dois dias depois, palmeirenses ironizavam os corintianos. Diante da Câmara, perguntavam se não seria bom discutir uma homenagem ao time do Parque Antarctica. O Palmeiras, afinal, obtivera vitória heróica contra o Cruzeiro e chegou à semifinal da Libertadores, feito muito mais difícil, lembravam, do que bater o frágil Botafogo.



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