DO ENVIADO A PARIS

"Naquele momento me senti o homem mais feliz do mundo." Assim, quase chorando, Gustavo Kuerten explicou sua comemoração após vencer ontem Michael Russell de forma dramática.
Logo depois de cumprimentar o adversário, o brasileiro, com sua raquete, desenhou um coração na terra da quadra central de Roland Garros, ajoelhou-se e mandou beijos para a torcida que lotava a arena e mais uma vez torcia por ele de forma maciça.
Além do alívio por manter suas esperanças de conquistar o título do torneio pela terceira vez, Kuerten celebrava a vitória que lhe parecia mais improvável em toda a sua carreira.
"De todos os jogos que ganhei, esse parecia o mais perdido de todos", afirmou o brasileiro após a vitória sobre Russell.
De acordo com Kuerten, a partida de ontem foi mais uma prova que sua carreira só tomou o rumo atual depois que aprendeu a vencer jogos que perdia, como aconteceu em Roland Garros no ano passado, quando ficou muito perto da eliminação em duelos contra o russo Ievguêni Kafelnikov e o espanhol Juan Carlos Ferrero, que ontem também avançou às quartas-de-final depois da vitória contra o sueco Thomas Enqvist, por 3 a 0.
"Saí do fundo do poço, de ver tudo preto, para o paraíso. Fui iluminado", afirmou Kuerten, que teve um pequeno problema no pé no intervalo entre o terceiro e o quarto set ontem. De acordo com o brasileiro, isso não será problema para o próximo jogo. (PC)



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