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Rio aposta em Pan, PAC e pesquisa por Jogos-16
Segundo COB e governo, cidade mostrou que pode organizar grandes eventos
COI define hoje se, pela 1ª vez na história, brasileiros
passarão da etapa inicial de seleção que decide quem
recebe edição da Olimpíada
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê Olímpico Brasileiro e diferentes esferas de governo apostam no Pan para que
pela primeira vez uma candidatura olímpica brasileira sobreviva à fase inicial de seleção.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., estão
previstas no Programa de Aceleração do Crescimento obras
de infra-estrutura no Rio, que
terão impacto sobre uma eventual edição da Olimpíada-16.
O presidente do Comitê
Olímpico Internacional, o belga Jacques Rogge, revela hoje,
às 12h30 (horário de Brasília),
quais das sete cidades inscritas
prosseguirão na disputa para
receber a Olimpíada de 2016.
Não existe um piso ou um teto, mas tradicionalmente o número oscila de três a cinco.
O Brasil já tentou receber
uma edição dos Jogos Olímpicos em três oportunidades.
Em 92, Brasília se candidatou aos Jogos-00 e, em 95, o Rio
se candidatou à Olimpíada-04.
Em 2004, a cidade carioca naufragou na tentativa por 2012.
Nessa última ocasião, foi o
item ""poder de viabilidade de
projetos" que mais prejuízo impôs à candidatura brasileira.
À época o presidente do COB,
Carlos Arthur Nuzman, disse
que se tratava de um item novo,
apesar de ele ter sido utilizado
em peneira anterior.
""Com o Pan, isso foi superado", argumenta o ministro do
Esporte. ""Falar "posso organizar uma Olimpíada" é uma coisa, mostrar com a organização
do Pan que temos condições de
fazê-lo é outra. Dizer que "podemos garantir a segurança" é
uma coisa, mostrar isso no Pan
é outra", completa Silva Jr.
""Na comparação com as notas de 2012, os pontos que nos
desclassificaram estão superados com o que foi feito no Pan",
aponta o prefeito do Rio, Cesar
Maia, que acompanhará em
Atenas a decisão ao lado de Silva Jr., Nuzman, o governador
do Rio, Sergio Cabral, e João
Havelange, membro do COI.
O sentimento é ecoado pelo
COB, na figura de Nuzman. ""A
situação econômica do país
evoluiu substancialmente nos
últimos quatro anos, colocando
o Brasil hoje no mesmo patamar de confiabilidade dos nossos principais concorrentes."
Segundo o Ministério do Esporte, dentro desse item, um
outro dado foi encaminhado ao
COI. ""Mostramos que o PAC,
um programa do governo federal, prevê obras de infra-estrutura que beneficiarão diretamente os Jogos", diz Silva Jr.
Apesar da falta de manifestações populares ostensivas, como o abraço na praia de Copacabana, que marcou a campanha do Rio para 2012, Nuzman
afirma que ""pesquisas de opinião indicam que 78% dos cariocas e fluminenses apóiam a
Olimpíada de 2016 no Rio".
A cidade brasileira concorre
com seis outras: Madri, Chicago, Tóquio, Doha, Praga e Baku.
Apesar de os envolvidos com
a campanha preferirem o silêncio quando o assunto são os
próximos passos da candidatura, se o Rio prosseguir na disputa olímpica, é certo que um comitê de candidatura bastante
representativo será formado.
Ele terá a participação da iniciativa privada, mais ou menos
nos moldes do comitê de postulação de São Paulo, quando
concorreu internamente com o
Rio para representar o Brasil na
disputa por 2012. Na ocasião,
com Marta Suplicy como presidente, o comitê teve participação do empresário Abílio Diniz.
A Folha apurou que empresários do Rio já estiveram no
COI, em Lausanne, depois que
o processo por 2016 teve início.
O plano de campanha do Rio
dependerá de quantas cidades
seguirem na corrida olímpica.
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