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França comemora título da Euro
com euforia, violência e xenofobia
DO ENVIADO A PARIS
A comemoração dos torcedores franceses pela conquista da Eurocopa, anteontem à noite, foi marcada pela euforia, pela violência e por uma certa dose de xenofobia.
Em Paris, cerca de 400 mil pessoas lotaram a avenida Champs Elysées, a mais famosa da cidade, e festejaram até as primeiras horas da madrugada. Nem tudo, no entanto, foi confraternização.
Segundo a polícia francesa, 72 pessoas foram presas, a maioria acusada de cometer atos de vandalismo. Outras 150 ficaram feridas, entre elas 57 policiais.
A França bateu a Itália anteontem à noite, na Holanda, por 2 a 1, pela final do campeonato europeu de seleções. A dramaticidade da vitória, obtida de virada, no final da prorrogação, foi vista como um motivo extra para tanta empolgação do público francês.
Ontem à tarde, operários ainda trabalhavam para recuperar as vitrines de algumas lojas da avenida, destruídas por torcedores.
Próximo ao Arco do Triunfo, as duas lojas mais visadas pelos vândalos ostentam marcas estrangeiras: a Disney-Store (norte-americana) e a Zara (grife italiana).
No mesmo horário, na Praça da Concórdia, a outra extremidade da avenida, 35 mil pessoas recebiam os jogadores campeões.
Do balcão do Hotel de Crillon, um dos mais tradicionais da capital francesa, os jogadores da seleção saudaram os torcedores.
Puxados por Didier Deschamps, um a um dos jogadores campeões ergueram o troféu, que terminou nas mãos do técnico Roger Lemerre.
Os atletas usavam camisetas brancas com a inscrição "merci" (obrigado, em francês).
A França tornou-se a primeira seleção a conquistar, consecutivamente, os títulos da Copa do Mundo e da Eurocopa. A façanha recebeu amplo destaque dos jornais do país.
(FÁBIO SEIXAS)
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