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Garotos têm jogos o ano inteiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Sebastián Battaglia completou
14 anos no mês passado. Ele joga
no Boca Juniors, o clube mais popular da Argentina.
Caso se profissionalize com 20
anos, irá disputar 192 partidas
apenas pelos seis campeonatos
nacionais amadores que a AFA
(Associação de Futebol Argentino) organiza simultaneamente
para os clubes da elite do país.
No caso do maior vizinho brasileiro, competições de garotos não
são copas, que duram menos de
um mês e os times são formados
na véspera, como os mais tradicionais torneios de várzea, sem falar na adulteração da idade dos jogadores, como aconteceu na última Copa São Paulo com o Roma,
campeão da competição.
Na Argentina, os jovens a partir
de 14 anos disputam um campeonato nos mesmos moldes que os
profissionais. Assim, acontece
um torneio no primeiro semestre
e outro no segundo, com todos jogando contra todos, o que deixa
os jogadores em atividade durante toda a temporada.
Enquanto isso, o Brasil nunca
teve um campeonato nacional de
verdade organizado pela CBF.
A chance de um garoto de fora
dos grandes centros mostrar suas
habilidades acontece basicamente na Copa São Paulo, disputada
no início de cada ano e hoje marcada pela violência das torcidas
nas arquibancadas.
Assim, a oportunidade de ficar
conhecido e trocar de clube se resume a meia dúzia de partidas, ou
270 minutos para quem só joga a
primeira fase, é titular de sua
equipe e não é substituído.
(PC)
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