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CBF, PM e AmBev se eximem de culpa
DA SUCURSAL DO RIO
CBF, Polícia Militar e AmBev se
eximiram da responsabilidade
pela confusão, ontem, no Rio. Por
meio de sua assessoria de imprensa, a confederação alegou que a
carreata e o percurso foram programados pela AmBev. Segundo
a entidade, sua participação no
episódio se resumiu a uma reunião do presidente interino, José
Sebastião Bastos, com o comando
da PM, na segunda-feira, para definir o esquema de segurança.
A confederação informou ainda
que a carreata foi interrompida
porque, em Botafogo, a multidão
dificultava a passagem do trio elétrico com os jogadores, que passaram então para o ônibus, apedrejado logo depois. Segundo a
CBF, a demora para sair do Aeroporto Internacional Tom Jobim
se deveu ao grande número de
pessoas que esperavam os pentacampeões no local. A entidade negou ter havido problemas com a
bagagem da delegação.
A versão da AmBev difere da
apresentada pela CBF. A empresa
informou, por sua assessoria de
imprensa, que cedeu o trio elétrico e os músicos a pedido dos jogadores, negando que tenha participado da escolha do trajeto. E que
o tumulto poderia ter sido evitado
se não houvesse atraso em Brasília. Minimizou ainda o incidente.
Considerou a festa um sucesso.
O comandante-geral da PM, coronel Francisco Braz, afirmou que
a corporação "fez sua parte". Segundo ele, foi disponibilizado um
efetivo de 1.300 policiais para
acompanhar os jogadores -o triplo destinado ao desfile dos campeões na Copa de 1994.
O comandante afirmou ainda
que seis carros do Getam (Grupamento Tático Móvel) e 20 PMs
motociclistas escoltaram o trio
elétrico que levava os jogadores.
Braz disse que a PM montou seu
planejamento na segunda-feira,
após se reunir com representantes da CBF, e teve que fazer modificações depois de ser avisada pela
entidade de que o trajeto havia sido alterado. Braz considerou o incidente "normal". "Isso faz parte
da psicologia das multidões. Esse
caso negativo, de duas pessoas
que jogaram pedras, não ofusca o
brilho dos nossos campeões."
A CBF não registrou o fato na
delegacia de Botafogo, o que impede a abertura de um inquérito
para apurar o caso.
(SP E MHM)
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