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AUTOMOBILISMO
Carros da BAR são retidos pela Justiça
F-1 pode ter no GP da França grid de largada mais enxuto desde 82
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS
A F-1 corre sério risco de ver, no
GP da França, seu grid de largada
mais enxuto dos últimos 21 anos.
Por volta das 19h10 de ontem
em Magny-Cours (14h10 no horário de Brasília), a Justiça francesa
apreendeu os carros da BAR.
A equipe está envolvida em uma
disputa judicial com a PPGI (Partnership Production Group International). A empresa, com sede
em Mônaco, alega que a BAR lhe
deve US$ 3 milhões pela intermediação do contrato com a Teleglobe, uma patrocinadora.
Como o time contesta a cobrança, a PPGI pediu o sequestro dos
carros no tribunal de Nevers, a
principal cidade da região do autódromo. O pedido foi aceito.
A ação da polícia no paddock
causou estranheza. Como David
Richards, chefe da BAR, não estava no circuito, quem tomou suas
dores foi Pasquale Lattuanedu,
assessor de Bernie Ecclestone.
Após uma discussão com o oficial de Justiça, Lattuanedu cedeu.
A polícia colocou os carros de Jacques Villeneuve e Jenson Button
no caminhão e lacrou as portas.
Foi feito, ainda, um inventário
dos equipamentos nos boxes.
À noite, a BAR divulgou um comunicado afirmando que vai recorrer da decisão. Será uma correria para que seus dois carros estejam na pista no primeiro treino livre, às 11h locais (6h de Brasília).
Se o time não correr, o GP da
França terá apenas 18 carros, o
menor grid desde o GP de San
Marino de 1982. Na ocasião, equipes inglesas como Lotus, Williams e McLaren, em litígio com a
FIA (entidade máxima do automobilismo), boicotaram o evento. Apenas 14 carros largaram.
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