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TÊNIS
Suíço derrota Roddick na final, soma 36 partidas sem perder na grama e se aproxima de legendas como Borg e Sampras
Arrasador, Federer é tri em Wimbledon
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A grama de Wimbledon voltou
a festejar um tricampeão. Ontem,
Roger Federer, 23, colocou sua raquete mais próxima das de mitos
do tênis, como o sueco Bjorn Borg
e o americano Pete Sampras.
O suíço, número um do ranking
de entradas e da Corrida dos
Campeões, não encontrou obstáculos para superar mais um rival.
Federer triunfou sobre Andy
Roddick por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 7/6 (7/2) e 6/4. Foi sua
21ª vitória seguida em finais.
Em seu terceiro título na grama
inglesa, Federer ainda está longe
de igualar Sampras, sete vezes
vencedor em Wimbledon, e Borg,
detentor de cinco troféus.
Porém, aos 23, o suíço soma três
taças na grama inglesa com a
mesma idade em que o americano conquistou seu tricampeonato. Já o sueco obteve sua terceira
conquista com um ano a menos.
"É ótimo estar entre jogadores
como Sampras, que sempre foi
uma referência, e Borg, que era incrível. Já ganhei três. Quem sabe
não consigo o quarto? Espero não
parar aqui", declarou o campeão.
Favorito, Federer confirmou supremacia após sete duelos e só um
set cedido, para o alemão Nicolas
Kiefer, ainda pela terceira rodada.
O suíço não perde na grama
desde sua estréia em Wimbledon-02, quando caiu diante do croata
Mario Ancic. Desde então, acumula 36 vitórias nesse piso e está a
apenas cinco partidas de igualar o
feito de Bjorn Borg, que ficou invicto na grama entre 1976 e 1981.
"Essa série de vitórias jogou
muita pressão sobre mim. É um
alívio ter conquistado o título."
Seu rival mais próximo nos gramados tem sido justamente Roddick. O norte-americano tem retrospecto de 32 vitórias no piso.
Suas únicas derrotas nos últimos
três anos foram justamente para
Federer, na semifinal de Wimbledon-03 e na final de 2004 e 2005.
"Roger é o melhor. É tão completo que creio que a única maneira de vencê-lo é dando-lhe uma
porrada", exagerou Roddick.
Nesta temporada, Federer acumula 58 vitórias em 61 jogos
-aproveitamento de 95,1%.
Seus únicos reveses foram diante do russo Marat Safin (Aberto
da Austrália), do francês Richard
Gasquet (Masters Series de Montecarlo) e do espanhol Rafael Nadal (Roland Garros). Safin e Nadal superaram o suíço para serem
coroados nos dois outros Grand
Slams já disputados neste ano.
A conquista em Wimbledon foi
o 30º título da carreira de Federer.
Entre os tenistas em atividade, só
é superado por Andre Agassi, 35,
que ganhou 59. Com sete anos no
circuito internacional, o suíço já é
o 21º tenista mais premiado da era
aberta, que começou em 1968.
No ranking que será publicado
hoje pela ATP, Federer atingirá a
75ª semana na liderança da tabela.
É o oitavo tenista que mais se
manteve no topo da lista.
Federer precisará de só mais
seis semanas para superar o sétimo da relação, Lleyton Hewitt,
que já admitiu não ter condições
de fazer frente ao rival que o eliminou nas semifinais em Londres. "Tenho certeza de que sou o
segundo melhor tenista da atualidade. Mas o pior é que Roger [Federer] é o primeiro. E ele é bom
demais", elogiou o australiano.
Com agências internacionais
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