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Cera e teatro levaram a recorde de cartões
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
Intolerância com a cera e encenação dos atletas são a explicação de juízes, assistentes e do
próprio Comitê de Arbitragem
da Fifa para a Copa da Alemanha ostentar o recorde de expulsões em Mundiais e, possivelmente, o de cartões amarelos também.
Foram 27 cartões vermelhos.
A maior marca havia sido registrada em 1998, na Copa da
França. Na ocasião, aconteceram 22 expulsões.
Num congresso em março, a
entidade decidiu que, na Alemanha, os juízes deveriam ser
mais rigorosos com quem tentasse passar o tempo sem colocar a bola em jogo ou iludir o
juiz fingindo ter recebido falta.
As expulsões não ocorrem diretamente por causa do teatro
ou da enrolação. Mas elas geram o primeiro amarelo e, depois, o atleta acabou expulso
num lance em que poderia só
ser advertido. O número de
amarelos também explodiu. Já
são 331, o maior índice desde a
Copa de 1982. A Fifa não tem
registros anteriores ao Mundial da Espanha.
"Não sei quantificar, mas
certamente o retardamento do
jogo e a encenação estão entre
as principais causas do recorde
de cartões", disse Andreas
Werz, porta-voz da Fifa, ligado
ao Comitê de Arbitragem.
O alemão Markus Merk, tido
pela Fifa como um dos melhores juízes do mundo, concorda
com a explicação. Acrescenta,
porém, que as cotoveladas ajudaram a aumentar o número de
cartões na Alemanha.
"Ninguém pode dizer que
não sabia do rigor da arbitragem com o retardamento da
partida. A Fifa comunicou a todos os países que seria assim no
Mundial. Mas os jogadores
continuam fazendo isso", afirmou o assistente uruguaio Pablo Fandiño, que irá trabalhar
amanhã na semifinal entre
França e Portugal.0
(FV E RP)
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