São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2006

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Cera e teatro levaram a recorde de cartões

DOS ENVIADOS A FRANKFURT

Intolerância com a cera e encenação dos atletas são a explicação de juízes, assistentes e do próprio Comitê de Arbitragem da Fifa para a Copa da Alemanha ostentar o recorde de expulsões em Mundiais e, possivelmente, o de cartões amarelos também.
Foram 27 cartões vermelhos. A maior marca havia sido registrada em 1998, na Copa da França. Na ocasião, aconteceram 22 expulsões.
Num congresso em março, a entidade decidiu que, na Alemanha, os juízes deveriam ser mais rigorosos com quem tentasse passar o tempo sem colocar a bola em jogo ou iludir o juiz fingindo ter recebido falta.
As expulsões não ocorrem diretamente por causa do teatro ou da enrolação. Mas elas geram o primeiro amarelo e, depois, o atleta acabou expulso num lance em que poderia só ser advertido. O número de amarelos também explodiu. Já são 331, o maior índice desde a Copa de 1982. A Fifa não tem registros anteriores ao Mundial da Espanha.
"Não sei quantificar, mas certamente o retardamento do jogo e a encenação estão entre as principais causas do recorde de cartões", disse Andreas Werz, porta-voz da Fifa, ligado ao Comitê de Arbitragem.
O alemão Markus Merk, tido pela Fifa como um dos melhores juízes do mundo, concorda com a explicação. Acrescenta, porém, que as cotoveladas ajudaram a aumentar o número de cartões na Alemanha.
"Ninguém pode dizer que não sabia do rigor da arbitragem com o retardamento da partida. A Fifa comunicou a todos os países que seria assim no Mundial. Mas os jogadores continuam fazendo isso", afirmou o assistente uruguaio Pablo Fandiño, que irá trabalhar amanhã na semifinal entre França e Portugal.0 (FV E RP)

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