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Seleção sub-30
Sem eliminatórias e de olho na Olimpíada, novo técnico do Brasil terá a chance de testar safra de talentos para 2014
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A PORT ELIZABETH
Quem assumir a seleção
no lugar de Dunga, em decisão que deve ser tomada pela
CBF só após o final do Mundial da África do Sul, tem hoje, a quatro anos da Copa de
2014, uma geração talentosa
e que pode estar no auge físico e técnico quando o Brasil
voltar a sediar a competição.
O país conta com matéria-prima para formar uma equipe mais talentosa e sem trintões daqui a quatro anos.
Diego Alves; Rafinha, Miranda, Thiago Silva e Marcelo; Anderson, Hernanes, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alexandre Pato. Essa hipotética formação
deixa a equipe sem trintões e
com média de idade de 26,5
anos no Mundial brasileiro
O time que naufragou na
Copa da África do Sul é, na
média, dois anos mais velho.
O único desses 11 que foi
chamado por Dunga para o
Mundial-2010 e que teve
chance de jogar foi Ramires,
que também era o mais jovem do elenco, com 23 anos.
O jogador do Benfica se
destacou no jogo contra o
Chile, mas recebeu o segundo cartão amarelo e ficou
suspenso para o confronto
com a Holanda, que resultou
na eliminação brasileira.
O zagueiro Thiago Silva,
do Milan, ficou na reserva em
todos os jogos do Mundial.
Os outros atletas citados
receberam tratamentos variados com o técnico gaúcho.
Dunga alegou que Paulo
Henrique Ganso e Neymar fizeram muito pouco no futebol para merecer uma chance na África do Sul e nunca
foram testados por ele.
Miranda era convocado
com frequência até o ano
passado, mas perdeu espaço
na reta final antes da Copa.
Todos os outros foram
convocados por Dunga para
a Olimpíada de Pequim, mas
o grosso daquele grupo, que
obteve o bronze, começou a
fazer parte de uma espécie de
lista negra do treinador, mesmo brilhando em clubes europeus. Foram os casos de
Marcelo, no Real Madrid, e
Alexandre Pato, no Milan.
Para o próximo Mundial,
não faltarão chances para o
próximo treinador da seleção
garimpar atletas e testá-los.
Até 2014, serão dois Mundiais sub-17 e outros dois
sub-20. Na Olimpíada de
2012, em Londres, a Fifa
manteve a regra com jogadores sub-23, com opção de outros três sem limite de idade.
Sem precisar jogar as eliminatórias, pois tem vaga garantida por ser o país-sede, o
Brasil se dará ao luxo de ficar
quase dois anos sem jogos
oficiais antes da Copa, o que
tira a responsabilidade do resultado e permite ao técnico
testar à vontade novas peças.
Os testes podem começar
já em 2010, já que devem ser
jogados ao menos cinco
amistosos até o fim do ano.
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