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Gaúchos largam à frente na sucessão
CBF pretende manter estilo disciplinador de Dunga na seleção, e Scolari e Mano Menezes estão nesse perfil
DOS ENVIADOS A PORT ELIZABETH
Dunga é gaúcho. O favorito para tomar seu lugar também, assim como o azarão
para assumir a seleção brasileira depois do fracasso na
Copa do Mundo da África.
A CBF quer alguém com
mais tato para se relacionar
com a imprensa, especialmente com a TV Globo, com
quem Dunga passou quase
os quatro anos de sua gestão,
especialmente os dois últimos, se estranhando.
Mas a entidade também
deseja alguém que mantenha o jeito disciplinador.
O principal alvo de Ricardo Teixeira, o presidente da
CBF, é Luiz Felipe Scolari.
Para o dirigente, ele é o nome mais indicado para suportar o que considera ser o
trabalho mais duro que um
técnico da seleção terá: a
pressão de comandar o Brasil
em casa, na Copa de 2014.
Antes mesmo da eliminação desta Copa, Teixeira procurou saber como era o acordo entre Scolari e Palmeiras.
No entanto, o técnico afirmou que não retorna pensando em assumir a seleção.
"Não é por essa razão que
volto ao Brasil e ao Palmeiras. Volto porque é um clube
que marcou a minha carreira
e por uma situação familiar
que também me interessa",
disse Scolari à ESPN Brasil.
"Volto pensando só no
Palmeiras. Naturalmente
que, depois de meu contrato
terminar, se alguém se interessar, [assumirei] alguma
seleção para a classificação
ou para o Mundial de 2014."
"Seria maravilhoso encerrar a carreira de treinador na
Copa de 2014, com uma seleção, conseguindo a classificação e disputando um bom
Mundial. Mas hoje não existe
Copa, não existem seleções,
não existe nada. Só tem o
Palmeiras, que é o meu foco
no momento, e penso em fazer um grande trabalho lá."
Corre por fora o nome de
Mano Menezes, outro gaúcho. Ele é defendido por cartolas paulistas, que hoje estão próximos de Teixeira.
Andres Sanchez, o presidente corintiano, que antes
de a Copa começar se dizia
pé-frio, foi o chefe da delegação no Mundial de 2010.
A defesa do estilo gaúcho
por Teixeira ficou clara após
a eliminação para a Holanda.
Ao contrário de 2006,
quando, comandada por Carlos Alberto Parreira, a seleção se desintegrou após perder para a França nas quartas, o cartola reuniu o grupo
após a derrota de anteontem
e agradeceu pelo empenho.
PREFERÊNCIA
Assim, os gaúchos são, pela ótica dos cartolas, mais
disciplinadores e estão na
frente na disputa pelo cargo,
deixando para trás gente antes bem cotada na CBF, especialmente Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho.
A seleção volta a campo já
no próximo mês, quando faz
amistoso contra os EUA.
De acordo com a CBF, praticamente nenhum jogador
que esteve na Copa será convocado.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E
SÉRGIO RANGEL)
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