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Carrossel alemão
Com frequentes trocas de posição e rápidos contra-ataques, alemães goleiam Argentina e avançam às semifinais
Argentina 0
Alemanha 4
Müller, aos 3min do 1º tempo; Klose,
aos 23min e aos 44min, e Friedrich,
aos 29min do 2º tempo
Klose decreta os 4 a 0 e marca seu 14º quarto gol em Copas
JOSÉ GERALDO COUTO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS À CIDADE DO CABO
A Alemanha massacrou
ontem a Argentina por 4 a 0
no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, e avançou para as semifinais da Copa.
A goleada que eliminou o
time de Maradona começou a
se desenhar logo aos 3min de
jogo, quando Schweinsteiger
bateu uma falta da esquerda.
Müller se antecipou ao goleiro Romero e, com leve desvio
de cabeça, abriu o placar.
A Argentina procurou reagir, mas, apesar de ter mais
posse de bola, não conseguiu
furar a boa defesa alemã.
Bem marcado, Messi tinha
dificuldades para jogar. Caía
para a direita, recuava ao
meio-campo para buscar jogo, dava passes, mas era a
Alemanha que, nos contra-ataques, criava as melhores
oportunidades de gol.
No segundo tempo, os argentinos voltaram com disposição redobrada, mas suas
ações ofensivas esbarravam
na eficiente defesa alemã.
Nervosa, a equipe argentina cedia espaços para os rápidos e mortais contragolpes
alemães. Em uma dessas
ações, aos 23min, o atacante
Müller, mesmo caído, passou
na ponta esquerda para Podolski, que cruzou rasteiro
para Klose, na pequena área,
só tocar para as redes: 2 a 0.
O segundo gol desnorteou
ainda mais os argentinos. A
equipe de Joachim Löw exibia solidez na marcação e
rapidez para partir da defesa
para o ataque, com constantes trocas de posições entre
seus meias e atacantes.
Aos 29min, Schweinsteiger, eleito "o homem do jogo", invadiu a área pela esquerda, driblando adversários, e cruzou rasteiro da linha de fundo para o zagueiro
Friedrich fazer o gol.
O quarto tento, o segundo
de Klose, também saiu pela
esquerda, de um cruzamento
de Özil pelo alto, que o artilheiro emendou de primeira.
Apesar dos lampejos ocasionais de Messi e da luta
constante dos argentinos,
em especial Tevez, a Alemanha foi superior o tempo todo, exibindo ao mesmo tempo solidez e leveza.
A rapidez com que o time
saía em conjunto para o ataque ou voltava para defender
quando perdia a posse de bola lembrava mais um carrossel do que a imagem de máquina de guerra que as equipes alemãs geralmente têm
-mais mecânicas e pesadas
em épocas anteriores.
"Foi fantástico. Tudo saiu maravilhosamente bem.
Despachar a Argentina com
um 4 a 0, o que mais se pode
dizer?", exultou Müller.
Com as duas goleadas categóricas sobre ex-campeãs
mundiais, Inglaterra (4 a 1) e
Argentina (4 a 0), a Alemanha se consolidou como a seleção mais artilheira do Mundial-2010, com 13 gols, e a maior favorita ao título.
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