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Jabulani teimosa
Após muitos erros de finalização e
pênaltis perdidos , artilheiro
da Copa decide em gol chorado
e coloca Espanha nas semifinais
Paraguai 0
Espanha 1
Villa, aos 38min do 2º tempo
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Iniesta dribla dois e toca
para Pedro. Livre, ele chuta
na trave. O rebote cai no pé
de Villa, que manda a bola,
de novo, na trave. Só que dessa vez ela corre sobre a linha
do gol, toca na outra trave e,
finalmente, vai para a rede.
Já eram 38min do segundo
tempo quando finalmente
saiu o tento da Espanha
diante do Paraguai que deu
aos europeus a vitória por 1 a
0 e a classificação para a semifinal da Copa do Mundo.
Até então, houve três cobranças de pênaltis, chutes
rente à trave e um gol anulado. Nada disso suficiente para abrir o placar no Ellis Park.
Levou vantagem o time
que tem David Villa, o artilheiro do Mundial, com cinco
gols. "Se eu não fizer o gol,
outro faz", minimizou ele.
Mas foi o atacante que gerou o alívio espanhol em um
jogo em que enfrentaram dificuldades desde o início.
Forte na marcação -cometeu 24 faltas no jogo-, o
Paraguai se postou mais à
frente, pressionando a saída
de bola europeia. Deu tão
certo que a Espanha só teve
seu primeiro lance de perigo
após 25 minutos de jogo.
"A partida foi muita dura.
Nos sentimos incomodados
com a bola, mais do que nunca. É a verve da seleção paraguaia", afirmou o técnico espanhol, Vicente Del Bosque,
para quem sua equipe não
realizou uma boa partida.
O Paraguai chegou a festejar um gol ao final do primeiro tempo, quando Valdéz superou Casillas. Mas o bandeirinha assinalou impedimento, em decisão duvidosa.
A Espanha passou a ter o
domínio, com mais posse de
bola e conclusões a gol. Mas
ainda sem acertar o pé.
PÊNALTIS EM SEQUÊNCIA
Mais uma vez o gol só
ameaçou sair quando o árbitro Carlos Batres, da Guatemala, deu pênalti de Piqué
em Cardozo. Aos 15min do segundo tempo, o próprio Cardozo bateu, mas Casillas,
que afirmou ter estudado o
paraguaio, defendeu.
Um minuto depois, Villa
invadiu a área, foi tocado e
caiu. O juiz deu novo pênalti.
Xabi Alonso acertou o fundo da rede. Enfim, os espanhóis se abraçaram e festejaram, mas o árbitro anulou a
cobrança por invasão da área
por um jogador europeu.
Ao bater de novo, o volante mandou nas mãos do goleiro Villar. Sergio Ramos
ainda tentou, mas a zaga tirou a bola, que entraria.
A cada chute por cima a
partir daí, os espanhóis botavam as mãos na cabeça, se
desesperavam. O mesmo
ocorria com os paraguaios
nos contra-ataques. Foram
25 conclusões no total.
Até que Villa acertou. Assim como Santa Cruz errou
ao chutar em cima de Casillas, aos 44min, em rebote
bem na frente do goleiro.
"Não há outra coisa que
passe pela minha cabeça
além de mudar o que aconteceu. Se fizesse algo diferente,
mudaria o resultado. Mas
passou", lamentou-se o técnico paraguaio, Gerardo
Martino, cujos atacantes não
fizeram gol no Mundial.
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