DE JOHANNESBURGO
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

Uma arbitragem confusa, com decisões polêmicas, levou o técnico do Paraguai, Gerardo Martino, a ironizar a Fifa. Ele se disse prejudicado pela atuação do juiz Carlos Batres, da Guatemala.
"Temos tranquilidade porque amanhã a Fifa nos pedirá desculpas", afirmou o treinador em referência à declaração do presidente da entidade, Joseph Blatter, que se desculpou com ingleses e mexicanos por conta de erros nas oitavas de final.
Após a entrevista coletiva, Martino ainda fez questão de pedir ao assessor da Fifa, presente, que comunicasse sua intenção de receber as desculpas da entidade.
Ele fez várias críticas à arbitragem. Primeiro, questionou a anulação do gol de Valdéz, por impedimento. Cardozo, que não tocou na bola mas disputou a jogada, estava adiantado. Valdéz estava na linha dos espanhóis, mas tinha um braço à frente.
O pênalti a favor da Espanha, em que Alcaraz tocou em David Villa, também desagradou ao técnico.
"Não tenho dúvidas sobre o meu, mas tenho dúvidas sobre o outro", afirmou Martino, que é argentino.
Ele, entretanto, não reclamou da clara invasão de espanhóis na área no pênalti para o Paraguai, o que geraria anulação da cobrança defendida por Casillas.
A Espanha não reclamou, mas também teria seus motivos. Após a segunda cobrança de pênalti de Xabi Alonso, Fàbregas foi derrubado pelo goleiro Villar, o que resultaria em um novo pênalti.
Antes do jogo, Batres já era criticado pelos paraguaios, que alegavam que ele prejudicara o time na Copa de 2002, nas oitavas de final, contra a Alemanha.
Em 12 jogos de mata-matas, os juízes da Fifa receberam críticas em três. (FZ E RM)


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