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Jogadores do Brasil aprovam convívio com turistas
do enviado a Foz do Iguaçu
A comissão técnica e os jogadores da seleção estão aprovando a
experiência de Wanderley Luxemburgo, que decidiu dividir a concentração da equipe com jornalistas, torcedores e turistas em geral.
No início, a maioria reconheceu
que houve alguns problemas, principalmente quando curiosos que
não estavam hospedados no hotel
começaram a invadi-lo para procurar os atletas.
Mas, após quase três semanas de
concentração -a primeira turma
chegou ao Paraná em 16 de junho-, o discurso é unânime. Todos gostaram da mistura.
"No começo, a curiosidade era
maior", diz o atacante Ronaldo, o
atleta mais assediado. "Mas depois
de duas semanas, o pessoal está
respeitando mais nosso espaço."
Mas Ronaldo, apesar de suas declarações, é um dos que menos
saem do quarto. "Fico muito tempo no telefone", contou.
Dos jogadores, um dos que mais
circulam pelo hotel é o zagueiro
Antônio Carlos, que costuma assistir do telão de um dos restaurantes às partidas dos outros grupos da Copa América.
"A convivência tem sido muito
boa e sadia. É bom ver gente e mostrar que a seleção brasileira não é
uma coisa distante das pessoas."
Luxemburgo, que também tem
visto os jogos dos Grupos A e C do
telão no restaurante do hotel, adota discurso parecido.
"Os jogadores não são de cristal,
são como todo mundo", disse o
treinador, um dos mais procurados por crianças e adolescentes para aparecer em fotografias e distribuir autógrafos.
Pela manhã, em dias de folga, os
atletas da seleção -e principalmente os reservas-, que têm
aproveitado o tempo para correr
na pista de cooper do hotel, misturados aos outros hóspedes, também gostaram da experiência.
"Por mim, eles não nos atrapalham em nada. Quando estamos
correndo ou fazendo ginástica na
academia, o pessoal sabe respeitar
nosso trabalho", disse o zagueiro
César, que atua na Lusa.
O meia Flávio Conceição, outro
que diz estar gostando da experiência, passa a maior parte do
tempo livre assistindo à televisão
- "ele sempre fica com o controle
da TV", conta o meia Rivaldo- ou
jogando basquete sozinho na quadra do hotel.
"Mas é bom saber que tem bastante gente no hotel. Pelo menos
tem público para a cantoria", brincou, sobre o karaokê que os atletas
fazem após as refeições.
Troca de mensagens
Além do contato com os hóspedes do hotel, o meia Alex e o volante Vampeta estão aproveitando as
horas vagas para conversar com o
lateral Arce e o zagueiro Gamarra,
que defendem o Paraguai.
"Conversei com os dois depois
da estréia do Paraguai (0 a 0 contra
a Bolívia). Eles estavam chateados
pela quantidade de gols perdidos",
contou Alex.
Vampeta, por sua vez, recebeu os
votos de boa sorte de Gamarra,
transmitidos por um jornalista paraguaio, na véspera do jogo de ontem, contra o México.
(JCA)
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