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Sem dedo do chefe, Corinthians busca fim de jejum no Nacional
Há dez jogos sem vencer, time sofre com mudanças ineficazes no torneio
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
As intervenções mais diretas
de um técnico durante uma
partida restringem-se às substituições. No Corinthians, as de
Paulo César Carpegiani não
têm sido muito efetivas.
No Brasileiro, em que o time
já acumula dez partidas sem
vencer e que hoje enfrenta o
Goiás no Morumbi, às 18h10, a
maioria das substituições que o
técnico fez não ajudou a conseguir um resultado melhor.
Nos 15 jogos da equipe no Nacional, o treinador promoveu
41 trocas de jogadores. Em 35
oportunidades -ou 85,2%-
elas não ajudaram o time a segurar o placar favorável ou mudar o resultado para melhor.
Em nove oportunidades
(com 22% das mudanças) o Corinthians sucumbiu e deixou
escapar pontos preciosos para
sua classificação na tabela depois que o técnico promoveu
alterações. Em seis delas, perdeu o jogo depois de uma mudança no time ao longo da partida. Em três, sofreu o empate
após estar vencendo, como
aconteceu no confronto contra
o Atlético-PR, quando o time
vencia o jogo e levou o gol de
empate após o zagueiro Kadu
entrar em campo para segurar
a vitória, justamente em jogada
infeliz do jogador.
No entanto, a maioria das
mudanças de Carpegiani (26)
não surtiram efeito nenhum,
em termos de alterações no
placar da partida.
E em apenas seis vezes até
aqui a equipe conseguiu melhorar o resultado do jogo após
uma alteração de atletas. Ou seja, apenas 14,6% das alterações
de Carpegiani ajudaram o time
a produzir resultado positivo.
Carpegiani, porém, não vê
suas mudanças como preponderantes para alguns vacilos do
time, sobretudo nos dois últimos jogos da equipe.
"Contra o Flamengo coloquei o Ricardinho no meio em
vez de um zagueiro e tomamos
o gol. Contra o Atlético-PR, fiz
o inverso e também tomamos",
disse o treinador, que se queixa
das críticas. "Comentar em cima de resultados é fácil."
E deu a entender que as substituições não são o problema,
mas sim o desempenho de
quem entra. "Eu tenho um quadro negro em que uso botões
para mostrar posicionamento.
No meu quadro estou invicto."
Ontem o técnico recebeu
uma má notícia. O meia Dinelson está fora do Brasileiro. O jogador terá de passar por cirurgia no joelho direito e só volta a
jogar em seis meses.
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