São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Sem dedo do chefe, Corinthians busca fim de jejum no Nacional

Há dez jogos sem vencer, time sofre com mudanças ineficazes no torneio

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

As intervenções mais diretas de um técnico durante uma partida restringem-se às substituições. No Corinthians, as de Paulo César Carpegiani não têm sido muito efetivas.
No Brasileiro, em que o time já acumula dez partidas sem vencer e que hoje enfrenta o Goiás no Morumbi, às 18h10, a maioria das substituições que o técnico fez não ajudou a conseguir um resultado melhor.
Nos 15 jogos da equipe no Nacional, o treinador promoveu 41 trocas de jogadores. Em 35 oportunidades -ou 85,2%- elas não ajudaram o time a segurar o placar favorável ou mudar o resultado para melhor.
Em nove oportunidades (com 22% das mudanças) o Corinthians sucumbiu e deixou escapar pontos preciosos para sua classificação na tabela depois que o técnico promoveu alterações. Em seis delas, perdeu o jogo depois de uma mudança no time ao longo da partida. Em três, sofreu o empate após estar vencendo, como aconteceu no confronto contra o Atlético-PR, quando o time vencia o jogo e levou o gol de empate após o zagueiro Kadu entrar em campo para segurar a vitória, justamente em jogada infeliz do jogador.
No entanto, a maioria das mudanças de Carpegiani (26) não surtiram efeito nenhum, em termos de alterações no placar da partida.
E em apenas seis vezes até aqui a equipe conseguiu melhorar o resultado do jogo após uma alteração de atletas. Ou seja, apenas 14,6% das alterações de Carpegiani ajudaram o time a produzir resultado positivo.
Carpegiani, porém, não vê suas mudanças como preponderantes para alguns vacilos do time, sobretudo nos dois últimos jogos da equipe.
"Contra o Flamengo coloquei o Ricardinho no meio em vez de um zagueiro e tomamos o gol. Contra o Atlético-PR, fiz o inverso e também tomamos", disse o treinador, que se queixa das críticas. "Comentar em cima de resultados é fácil."
E deu a entender que as substituições não são o problema, mas sim o desempenho de quem entra. "Eu tenho um quadro negro em que uso botões para mostrar posicionamento. No meu quadro estou invicto."
Ontem o técnico recebeu uma má notícia. O meia Dinelson está fora do Brasileiro. O jogador terá de passar por cirurgia no joelho direito e só volta a jogar em seis meses.


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