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Exigência de novos testes tira Daiane do Brasileiro
Ginasta deve fazer 3 exames antidoping e corre risco de perder Mundial
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DE SÃO PAULO
Um entrave burocrático
impede Daiane dos Santos de
participar do Brasileiro de ginástica artística, na sexta, e
dificulta muito os planos da
atleta de participar do Mundial de Roterdã, em outubro.
O problema está ligado ao
que a ginasta considera o
pior momento de sua carreira, a punição por doping.
Mesmo tendo cumprido a
suspensão de cinco meses e
já ter passado por teste antidoping há cerca de dois meses, a atleta gaúcha está impedida de atuar em torneios
nacionais e internacionais
até que seja submetida a novos exames da federação internacional, a FIG, e da confederação brasileira, a CBG.
"Infelizmente, faz parte do
processo de quem é punido
por doping. O atleta deve ser
testado para ser liberado. A
Daiane será testada duas vezes por nós e uma pela FIG",
afirma Klayler Mourthé, supervisor de seleções da CBG.
Ele diz que a CBG já fez os
pedidos de seus testes e que,
por questão de sigilo, não sabe quando serão realizados.
Segundo Eduardo De Rose, da área de controle de doping do COB, o Código Mundial Antidoping diz que, "como condição para participar
de competições, após período de inelegibilidade, o atleta deve estar disponível para
testes fora de competição pela agência antidoping que tenha jurisdição sobre ele".
Ele diz ser comum as federações internacionais exigirem dois testes fora de competição antes de permitir a volta do atleta, mesmo que já tenha cumprido suspensão.
À espera dos testes, Daiane já sofre a primeira baixa.
Ela não foi inscrita no Brasileiro, que começa na sexta
em Vitória e que era a chance
de ela pleitear vaga na seleção, da qual está fora desde a
Olimpíada de Pequim-2008.
Após ter brilhado no Paulista, no início do mês, a atleta não esperava sofrer neste
momento tal restrição -a
suspensão acabou em 27 de
junho. Se desde então, passados 38 dias, ainda não fez
nenhum exame, terá que
passar por três em dois meses para ir ao Mundial.
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