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Brasil falha e agora torce contra
Equipe masculina fica em 9º entre 12 países e espera erros rivais hoje para pôr 2 ginastas em Pequim
Dez times que ainda se apresentarão ficaram à frente do sexteto nacional no Mundial-06; Diego é, até agora, o segundo no solo
Wolfgang Rattay/Reuters
![](../images/s0409200701.jpg) |
Diego Hypólito se apresenta nas barras paralelas durante a competição por equipes |
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção masculina não conseguiu ontem repetir a performance do Pan-07 e agora terá
que contar, hoje, com a ajuda
(ou melhor, erros) dos rivais
para atingir a meta de classificar pela primeira vez pelo menos dois ginastas à Olimpíada.
Com algumas falhas, especialmente no cavalo com alças,
a equipe fechou o dia na nona
colocação entre as 12 equipes
que se exibiram ontem.
Para atingir seu objetivo, a
seleção terá que ficar pelo menos entre as 15 primeiras. Hoje
se apresentam mais 12 equipes
- 10 delas (Alemanha, Espanha, Austrália, Canadá, Romênia, EUA, Itália, Ucrânia, Grécia e Coréia) superaram o Brasil no Mundial de Aarhus-06.
"Pelo menos sete desses times devem ficar à nossa frente", afirmou Diego Hypólito.
Com 351,550 pontos, o Brasil
não repetiu o escore do Pan
(353,600) e mais uma vez foi
superado por Porto Rico, que
ficou 0,4 ponto à sua frente. A
China liderou com 374,275.
"O resultado foi dentro do esperado, exceto por algumas falhas. Mas o pior foi ter começado no cavalo com alças. Aí é literalmente cair do cavalo, pois o
aparelho é tão difícil quanto a
trave do feminino", disse Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica.
Realmente foi no cavalo com
alças que o Brasil registrou seu
pior desempenho neste Mundial. Foram duas quedas (de
Victor Rosa e Luiz Augusto dos
Anjos) e só 55,100 pontos -em
nenhum outro aparelho o país
ficou abaixo dos 57 pontos.
E mais uma vez o Brasil se viu
prejudicado pela arbitragem,
que, segundo os ginastas, reduziram pelo menos três notas de
partida da seleção, sendo duas
de Diego (nas argolas e no cavalo com alças). "Foram décimos,
0,10 e 0,20 ponto, mas eles fazem a diferença no final, tanto
que poderíamos ter superado
Porto Rico", afirmou Eliane.
Caso não fique entre os 15
primeiros, o país ainda tem
chance de se situar do 16º ao 18º
lugar, o que lhe permitiria enviar um ginasta à Olimpíada de
Pequim. Em 2006, a seleção ficou justamente em 18º.
O destaque do Brasil foi Diego, que atuou pela primeira vez
nos seis aparelhos (solo, salto,
cavalo com alças, argolas, paralelas e barra fixa) e, apesar de
uma grande falha no salto, tirou
a segunda maior nota do dia no
solo (16,050), atrás só do chinês
Kai Zou (16,275). Os oito melhores vão à decisão.
"Fiquei surpreso com o chinês no solo, mas estou feliz pelo
meu desempenho no individual geral", afirmou Diego.
Ontem, ele somou 87,550
pontos, ficando em 16º no individual geral -os 24 mais bem
classificados vão à final, que define o atleta mais completo.
Caso a equipe não conquiste
a vaga, o ginasta brasileiro tem
ainda a chance de, segundo as
regras da Federação Internacional de Ginástica, obtê-la pelo individual geral (que dá sete
postos a países que não se classificaram por equipes) ou com
o título mundial de solo.
"Esperamos que Diego consiga no individual geral, pois a
pressão de ter que vencer a todo custo atrapalha qualquer ginasta", afirma Eliane.
NA TV - Mundial de ginástica
Band, ao vivo, às 11h
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