São Paulo, quinta-feira, 04 de setembro de 2008

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Seleção não empolga na bilheteria

Em 5 dias, ingressos para o jogo contra a Bolívia, no Engenhão, não acabaram

Mesmo com capacidade da arena menor, confronto não repete o sucesso dos outros três pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS Com a equipe de Dunga em fase ruim, o torcedor brasileiro não mostra o mesmo entusiasmo do resto das eliminatórias para ver o time nacional contra a Bolívia, na próxima quarta-feira, no Engenhão.
Ontem, cinco dias depois do início das vendas, ainda havia ingressos, tanto nas bilheterias como por meio da internet, para o confronto no Rio.
Nos outros três jogos que fez em casa nas eliminatórias para a Copa de 2010, a seleção teve muito mais sucesso de público.
No Brasil x Uruguai disputado no Morumbi, bastaram seis horas para as entradas se esgotarem. No duelo contra a Argentina, no Mineirão, os ingressos acabaram em menos de dois dias. Para Brasil x Equador, realizado no Maracanã, sumiram em apenas quatro.
O preço estabelecido para os ingressos dos jogos foi parecido, com os mais baratos quase sempre custando R$ 30, como na partida contra os bolivianos.
Mais surpreendente na demora para a comercialização dos bilhetes para o jogo no Engenhão é a capacidade do estádio. São apenas 45 mil lugares, sendo que só 29 mil foram colocados à venda -os outros assentos destinam-se a patrocinadores e convidados. A CBF estimava ontem à tarde que cerca de metade das entradas ainda estava disponível.
A carga oferecida para o público em geral sempre ficou bem acima desse número nos outros três jogos no Brasil. Nas três partidas anteriores da seleção em casa, sobraram tumulto, filas e ação de cambistas.
Tudo muito diferente do confronto com a Bolívia.
Só no final de semana aconteceram filas, ainda que nada gigantes, nas bilheterias.
Na segunda-feira passada, a reportagem da Folha esteve no Maracanã, um dos pontos-de-venda, para verificar como estava o movimento. Enquanto havia tumulto nos guichês que vendiam entradas para o show da popstar Madonna, um bilheteiro do jogo da seleção dizia que não havia vendido ingressos em quase meia hora.
Quem apareceu interessado na partida não mostrava muito entusiasmo. "Só vou ver o jogo porque é perto da minha casa. Meus primos que moram mais longe não querem me acompanhar. Dizem que o time está muito ruim", falou o estudante Carlos Marcelo Imperial, 19.


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