São Paulo, Sábado, 04 de Setembro de 1999
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Crespo critica defensivismo

do enviado a Buenos Aires

A estratégia de Marcelo Bielsa para frear o Brasil -os argentinos apostam na forte marcação na saída de bola dos rivais- descontentou Hernán Crespo, um dos três atacantes do time.
"Cada um tem seu estilo, e foi por isso, pelas nossas características, que fomos chamados. Para mim, por exemplo, não teria sentido passar o jogo todo correndo atrás do Roberto Carlos, não é? Minha preocupação, mais do que marcar, é a de criar jogadas e fazer gols", afirmou ele.
Em seguida, disse que, sendo essa a vontade do treinador, não deixaria em hipótese nenhuma de seguir suas orientações. "Mas que o time sairá perdendo, não tenha dúvidas", comentou.
Na conversa com a Folha, deu a entender que gostava mais de Daniel Passarella, ex-técnico da Argentina, que assumiu o comando do Uruguai, do que de Bielsa.
"Não gosto de comparar, mas foi o Daniel quem nos projetou. Sinto carinho por ele."
Sobre o Brasil, diz que, apesar da derrota sofrida em julho, no Paraguai, não há espírito de revanche. ""Naquela vez eu nem joguei. Aliás, será meu primeiro jogo contra o Brasil. Eu só os enfrentei uma vez, no Pré-Olímpico de 96, mas não joguei pouco mais do que uns dez minutos."
Apesar de não ter confirmado a escalação da Argentina, a única dúvida de Bielsa é no setor esquerdo de seu sistema defensivo, onde deve jogar Samuel. Sua outra opção é Berizzo. (JCA)


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