São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro de 2002

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TÊNIS

Rival deve escolher quadra coberta e de carpete para complicar brasileiros

Sorteio da Davis põe Brasil diante da Suécia, na Suécia

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil não teve sorte no sorteio realizado ontem, em Londres, e irá enfrentar os suecos na primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis em 2003.
Além de jogar contra um dos países com mais tradição na competição, os brasileiros irão atuar como visitante, em superfície determinada pelos europeus.
Isso porque o Brasil perdeu para os suecos o sorteio que definiu a sede do primeiro confronto entre os países na história da Davis.
A tendência é que a Suécia leve o confronto para quadra coberta, de carpete, condição bem desfavorável para os brasileiros.
A última vez que a equipe atuou nessas circunstâncias foi em fevereiro deste ano. Sem Gustavo Kuerten, o Brasil acabou derrotado pela República Tcheca, em Ostrava, por 4 a 1, e teve que jogar a repescagem para se manter na elite da competição.
O capitão do Brasil na Davis, Ricardo Acioly, lamentou o resultado do sorteio e disse que será um desafio para os "meninos".
"Acho que poderemos surpreender. Pela primeira vez, temos quatro caras que podem fazer a diferença", afirmou Acioly, cuja equipe conta com Guga (40º do ranking de entradas), André Sá (65º), Fernando Meligeni (71º) e Flávio Saretta (81º).
Guga classificou o confronto com os suecos como "pedreira".
"Jogar fora de casa é sempre duro, ainda mais contra a Suécia. Eles provavelmente vão colocar a gente pra jogar no carpete coberto, e vamos ter que nos preparar comprando muita jaqueta, porque é capaz de a gente congelar", disse Guga, referindo-se à data do confronto, de 7 a 9 de fevereiro.
Além de jogar no carpete, especialidade dos rivais e no qual os brasileiros pouco atuam, a equipe não terá o apoio da torcida.
Desde que voltou ao Grupo Mundial, em 1997, o Brasil já atuou quatro vezes fora de casa e só conseguiu uma vitória.
Acioly já havia dito que jogar em casa era mais importante do que ser cabeça-de-chave (o que Brasil também não conseguiu) e enfrentar um rival teoricamente mais fraco na primeira fase.
Se passar pela Suécia, o Brasil tem chance de receber o próximo confronto, mas é necessário que a Grã-Bretanha vença, como visitante, os tenistas australianos.
Em caso de derrota, os brasileiros seguem novamente para a repescagem contra um adversário vindo do zonal, como aconteceu neste ano contra o Canadá.


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