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TÊNIS
Rival deve escolher quadra coberta e de carpete para complicar brasileiros
Sorteio da Davis põe Brasil diante da Suécia, na Suécia
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil não teve sorte no sorteio realizado ontem, em Londres,
e irá enfrentar os suecos na primeira rodada do Grupo Mundial
da Copa Davis em 2003.
Além de jogar contra um dos
países com mais tradição na competição, os brasileiros irão atuar
como visitante, em superfície determinada pelos europeus.
Isso porque o Brasil perdeu para
os suecos o sorteio que definiu a
sede do primeiro confronto entre
os países na história da Davis.
A tendência é que a Suécia leve o
confronto para quadra coberta,
de carpete, condição bem desfavorável para os brasileiros.
A última vez que a equipe atuou
nessas circunstâncias foi em fevereiro deste ano. Sem Gustavo
Kuerten, o Brasil acabou derrotado pela República Tcheca, em Ostrava, por 4 a 1, e teve que jogar a
repescagem para se manter na elite da competição.
O capitão do Brasil na Davis, Ricardo Acioly, lamentou o resultado do sorteio e disse que será um desafio para os "meninos".
"Acho que poderemos surpreender. Pela primeira vez, temos quatro caras que podem fazer a diferença", afirmou Acioly,
cuja equipe conta com Guga (40º
do ranking de entradas), André
Sá (65º), Fernando Meligeni (71º)
e Flávio Saretta (81º).
Guga classificou o confronto
com os suecos como "pedreira".
"Jogar fora de casa é sempre duro, ainda mais contra a Suécia.
Eles provavelmente vão colocar a
gente pra jogar no carpete coberto, e vamos ter que nos preparar
comprando muita jaqueta, porque é capaz de a gente congelar",
disse Guga, referindo-se à data do
confronto, de 7 a 9 de fevereiro.
Além de jogar no carpete, especialidade dos rivais e no qual os
brasileiros pouco atuam, a equipe
não terá o apoio da torcida.
Desde que voltou ao Grupo
Mundial, em 1997, o Brasil já
atuou quatro vezes fora de casa e
só conseguiu uma vitória.
Acioly já havia dito que jogar
em casa era mais importante do
que ser cabeça-de-chave (o que
Brasil também não conseguiu) e
enfrentar um rival teoricamente
mais fraco na primeira fase.
Se passar pela Suécia, o Brasil
tem chance de receber o próximo
confronto, mas é necessário que a
Grã-Bretanha vença, como visitante, os tenistas australianos.
Em caso de derrota, os brasileiros seguem novamente para a repescagem contra um adversário vindo do zonal, como aconteceu
neste ano contra o Canadá.
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