São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro de 2002

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VÔLEI

Na estréia na 2ª fase, contra os tchecos, Bernardinho cobra do time a motivação e a determinação que ainda não viu

Brasil tenta retomar rumo no Mundial

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Há exatos 20 anos, um jogo contra a então Tchecoslováquia se transformou em um divisor de águas para a campanha da seleção brasileira no Mundial de vôlei.
A péssima atuação do time na derrota por 3 sets a 1 na última partida da fase de classificação serviu de trampolim para a conquista da medalha de prata.
Hoje, contra a República Tcheca, que herdou a tradição do vôlei do país após a divisão ocorrida há dez anos, na mesma Argentina, a seleção tenta novamente encontrar seu rumo em um Mundial.
A partida será às 16h10, na cidade de Santa Fé, e é a primeira do Brasil na segunda fase do torneio.
"No dia seguinte [à derrota há 20 anos], estávamos desesperados. O problema não foi perder, foi como isso aconteceu. Jogamos mal. Aquilo mexeu com o grupo. Ficamos mais unidos e fomos em busca da medalha", recorda Bernardinho, na época reserva do levantador William Carvalho.
O agora técnico brasileiro tenta reencontrar o rumo que começou a ser perdido pela seleção a partir da derrota na final da Liga Mundial -a segunda decisão perdida por ele desde que assumiu o cargo, no final de 2000.
Após o resultado negativo, o time teve três semanas de treinamento. Nesse período, Bernardinho viu quatro de seus titulares sofrerem contusões e desfalcarem o time na reta final da preparação.
O treinador deixou o Brasil pensando em usar os reservas Dante e Rodrigão na estréia, nos lugares de Nalbert e Henrique, respectivamente. Teve de mudar de idéia após o segundo esquecer o passaporte e ter seu embarque para a Argentina atrasado. Começou com Henrique, um dos últimos a se recuperar das contusões.
A vitória contra a Venezuela não colocou o time no eixo.
Em seu segundo jogo, o Brasil, que vencia por 2 sets a 1, tropeçou diante dos norte-americanos, e a derrota abalou o grupo.
Após a vitória sobre o fraco Egito, já com Nalbert como titular, Bernardinho afirmou que sua maior preocupação era o "aspecto mental" da seleção. Esse fator foi até apontado por ele como o motivo dos repetidos erros de saque do time nacional.
"Precisamos ter mais motivação e determinação, o que nos faltou na primeira fase. Temos de buscar mais consistência técnica e mental. Isso é o mais importante", afirmou o treinador brasileiro.
Enfrentar os tchecos logo na estréia na segunda fase desagradou a Bernardinho. A República Tcheca é um dos rivais "desconhecidos" da seleção no Mundial.
A comissão técnica brasileira só começou a analisar as fitas com jogos do adversário anteontem. O bloqueio tcheco é uma das principais preocupações do treinador.
O Brasil deve iniciar a partida de hoje com Maurício, André Nascimento, Giba, Nalbert, Henrique, Gustavo e o líbero Escadinha. Ricardinho, com dores na região lombar, não treinou ontem.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 16h10



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