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Palmeiras vira e enterra a boa fase do Náutico
Caio marca duas vezes na etapa final, levanta o Parque Antarctica e mantém equipe na busca por uma vaga na Libertadores-2008
Palmeiras 2
Náutico 1
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Diante de um adversário tido
como a sensação do Brasileiro
pelas cinco vitórias seguidas,
nada melhor do que uma virada
conquistada com raça para devolver ao Palmeiras a tranqüilidade na sua busca por uma das
vagas à Libertadores de 2008.
Depois de sair atrás no marcador e ver o fantasma do Parque Antarctica dar sinais de
que estava pronto para perturbar o time, os dois gols de Caio
mudaram o rumo da partida e
garantiram os 2 a 1 sobre o Náutico, ontem, em São Paulo.
Melhor do que isso foi a
transformação do time, que, se
deixou o primeiro tempo sob
vaias, na etapa final fez a torcida entoar o hino palmeirense.
"O Palmeiras é time grande e
tem que lutar pelos primeiros
lugares. Mostramos raça e disposição para conseguir a virada", afirmou o volante Pierre.
Herói da noite, o meia Caio
agradeceu a confiança dada pelo técnico Caio Júnior. "No primeiro tempo, estava como atacante. No segundo, atuei no
meio-campo, onde gosto mais,
acertei dois chutes e estou feliz
com a vitória", falou o jogador.
Na rota do Palmeiras, o Parque Antarctica volta a ser o seu
palco no Brasileiro. No sábado,
o time de Caio Jr. recebe o Grêmio, candidato direto a uma vaga na Libertadores de 2008.
"Esse jogo será uma verdadeira
decisão. Os dois times lutam
pela mesma coisa [Libertadores]", disse o volante Wendel.
Acostumado a ver o adversário postado no campo de defesa
quando joga em casa, o Palmeiras sentiu dificuldade no início
do jogo porque o Náutico apertou a saída de bola. Bastante vigiado, o chileno Valdivia bem
que tentou algumas arrancadas, sempre barradas com falta.
Com a partida equilibrada, o
Náutico abriu o placar numa
jogada de velocidade. Sidny foi
lançado pela direita e cruzou.
Felipe dominou e chutou rápido, num belo lance: 1 a 0.
A partir do gol, a impaciência
tomou conta do torcedor. Sem
padrão tático, o Palmeiras ora
tentava o chuveirinho, ora buscava cavar uma falta para Caio.
Na ida para o vestiário, o discurso dos jogadores já era de
perplexidade. "Não podemos
perder esse jogo dentro de casa. Precisamos conversar", disse o goleiro Diego Cavalieri.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou mais ofensivo,
com Luiz Henrique na vaga de
Vinícius. O Náutico abdicou de
atacar e facilitou a pressão do
time da casa, que avançava com
freqüência, mas de forma desordenada. A busca pelo empate premiou a equipe alviverde
aos 19min. Após cruzamento
da esquerda que Rodrigão não
alcançou, a bola foi rolada para
o chute de Caio, que fez 1 a 1.
A torcida empurrou o time, e,
em outra finalização certeira,
Caio virou o jogo e incendiou o
Parque Antarctica.
O time ainda levou um susto
com uma bola no travessão de
Diego. Mas a equipe sempre esteve mais perto de ampliar do
que de entregar o resultado. No
final, o que valeu foi defender a
vantagem. Recuado, o Palmeiras se segurou na defesa.
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