São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras vira e enterra a boa fase do Náutico

Caio marca duas vezes na etapa final, levanta o Parque Antarctica e mantém equipe na busca por uma vaga na Libertadores-2008

Palmeiras 2
Náutico 1

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Diante de um adversário tido como a sensação do Brasileiro pelas cinco vitórias seguidas, nada melhor do que uma virada conquistada com raça para devolver ao Palmeiras a tranqüilidade na sua busca por uma das vagas à Libertadores de 2008.
Depois de sair atrás no marcador e ver o fantasma do Parque Antarctica dar sinais de que estava pronto para perturbar o time, os dois gols de Caio mudaram o rumo da partida e garantiram os 2 a 1 sobre o Náutico, ontem, em São Paulo.
Melhor do que isso foi a transformação do time, que, se deixou o primeiro tempo sob vaias, na etapa final fez a torcida entoar o hino palmeirense.
"O Palmeiras é time grande e tem que lutar pelos primeiros lugares. Mostramos raça e disposição para conseguir a virada", afirmou o volante Pierre.
Herói da noite, o meia Caio agradeceu a confiança dada pelo técnico Caio Júnior. "No primeiro tempo, estava como atacante. No segundo, atuei no meio-campo, onde gosto mais, acertei dois chutes e estou feliz com a vitória", falou o jogador.
Na rota do Palmeiras, o Parque Antarctica volta a ser o seu palco no Brasileiro. No sábado, o time de Caio Jr. recebe o Grêmio, candidato direto a uma vaga na Libertadores de 2008. "Esse jogo será uma verdadeira decisão. Os dois times lutam pela mesma coisa [Libertadores]", disse o volante Wendel.
Acostumado a ver o adversário postado no campo de defesa quando joga em casa, o Palmeiras sentiu dificuldade no início do jogo porque o Náutico apertou a saída de bola. Bastante vigiado, o chileno Valdivia bem que tentou algumas arrancadas, sempre barradas com falta.
Com a partida equilibrada, o Náutico abriu o placar numa jogada de velocidade. Sidny foi lançado pela direita e cruzou. Felipe dominou e chutou rápido, num belo lance: 1 a 0.
A partir do gol, a impaciência tomou conta do torcedor. Sem padrão tático, o Palmeiras ora tentava o chuveirinho, ora buscava cavar uma falta para Caio.
Na ida para o vestiário, o discurso dos jogadores já era de perplexidade. "Não podemos perder esse jogo dentro de casa. Precisamos conversar", disse o goleiro Diego Cavalieri.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou mais ofensivo, com Luiz Henrique na vaga de Vinícius. O Náutico abdicou de atacar e facilitou a pressão do time da casa, que avançava com freqüência, mas de forma desordenada. A busca pelo empate premiou a equipe alviverde aos 19min. Após cruzamento da esquerda que Rodrigão não alcançou, a bola foi rolada para o chute de Caio, que fez 1 a 1.
A torcida empurrou o time, e, em outra finalização certeira, Caio virou o jogo e incendiou o Parque Antarctica.
O time ainda levou um susto com uma bola no travessão de Diego. Mas a equipe sempre esteve mais perto de ampliar do que de entregar o resultado. No final, o que valeu foi defender a vantagem. Recuado, o Palmeiras se segurou na defesa.


Texto Anterior: Felipe salva time e elogia os colegas
Próximo Texto: Empolgação: "Foi vitória da raça", diz Caio Jr.
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.