São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Alonso busca sobrevida em cenário desfavorável

Com chassi reserva, bi da F-1 tentará cortar desvantagem

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

Em território desconhecido. É assim que Fernando Alonso começa hoje, em Xangai, a busca por uma recuperação inédita para tentar chegar ao Brasil com chance de ser tricampeão.
Em uma situação inédita na carreira, o piloto da McLaren precisará, desde o primeiro treino livre para o GP da China, às 23h, usar todo seu conhecimento para evitar o título de seu parceiro de time, Lewis Hamilton, no fim de semana.
Para ser o primeiro estreante a vencer o Mundial de F-1, o inglês precisa só manter sua vantagem acima de dez pontos.
Após se acidentar no GP do Japão, no domingo, e não pontuar pela primeira vez na temporada, Alonso, 12 pontos atrás, precisa tirar a diferença de seu adversário em duas corridas.
Como seu carro ficou destruído, a McLaren terá de usar o chassi que ficou de reserva em Fuji para a corrida chinesa. "Ainda há 20 pontos em disputa, e vou lutar muito por cada um deles", falou o espanhol.
Mas não é essa a única novidade para o bicampeão. Pela primeira vez o piloto chega, disputando o título, a uma corrida que pode definir o Mundial com menos pontos que o rival.
Em 2005, ano de seu primeiro troféu, tinha folga à frente de Kimi Raikkonen, tanto que levou o título no Brasil, com duas provas de antecedência. Em 2006, vinha à frente de Michael Schumacher até a Itália. Na China, após um abandono seu e uma vitória do heptacampeão, empate em pontos. No Japão, na etapa seguinte, o motor da Ferrari do alemão estourou, e Alonso ganhou, chegando ao Brasil com dez pontos de folga.
"Também é preciso sorte para ser campeão", afirmou Alonso. "No ano passado, por exemplo, tudo estava dando certo a meu favor. Neste ano..."
As mudanças, porém, não param por aí. Também pela primeira vez na carreira, o espanhol divide a equipe com um colega do mesmo nível. Em 2003 e 2004, já na Renault, Alonso ficou à frente de Jarno Trulli. Nos dois Mundiais seguintes, não foi ameaçado por outro italiano, Giancarlo Fisichella. Desta vez, com o menos experiente de todos os parceiros que teve, Alonso não registrou o mesmo desempenho. Foi ao pódio em 10 das 15 corridas, e Hamilton, em 12 delas.


NA TV - Treinos livres para o GP da China Sportv, ao vivo, às 23h e às 3h

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