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MEMÓRIA
Eleição na CBF é um pesadelo para treinadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A história da CBF mostra que
treinador é cargo de confiança
do presidente da entidade. Assim, como estão previstas eleições para este ano, o escolhido
por Ricardo Teixeira agora pode estar logo demitido.
Desde que João Havelange
assumiu a CBF, em janeiro de
1958, a tradição de um novo
presidente trocar de treinador,
iniciada logo nos primórdios
da entidade, ganhou ainda
mais força.
A única vez que isso não
aconteceu nos últimos 50 anos
foi em 1986, quando Otávio
Pinto Guimarães assumiu pouco antes da Copa do México e
não teve coragem de dispensar
Telê Santana, que acabou demitido depois da competição.
De resto, nenhum treinador
foi capaz de resistir aos desejos
de um novo cartola, incluindo
nomes famosos ou quem vinha
fazendo um bom trabalho.
Em 1975, o almirante Heleno
Nunes não fez questão de tentar que Zagallo, campeão no
México-70, continuasse no
banco da seleção e chamou Osvaldo Brandão para o emprego.
Quando Giulite Coutinho ganhou o poder, em 1980, foi a
vez de o gaúcho Cláudio Coutinho não resistir.
Pior fez o próprio Teixeira.
Em 1989, o ex-genro de João
Havelange foi eleito. Uma de
suas primeiras decisões no cargo foi trocar de treinador.
Assim, Carlos Alberto Silva,
que havia levado o time ao vice-campeonato olímpico em
1988, foi dispensado. No seu lugar entrou Sebastião Lazaroni,
que conduziu o time nacional
ao desastre na Copa da Itália.
Teixeira já disse várias vezes
que não vai concorrer a um novo mandato, mas seus aliados
duvidam dessa intenção.
Se decidir concorrer, irá enfrentar Carlos Alberto de Oliveira, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol,
seu opositor e único candidato
declarado até o momento.
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