São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2008

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Luxemburgo se cala, mas time fala "luxemburguês"

Elenco do Palmeiras assume discurso do técnico, que ainda não deu entrevistas

Segundo o lateral Leandro, treinador já declarou que a conquista do Paulista passa a ser prioridade para o clube, que não o ganha desde 1996


TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

Ele recebeu duras críticas do desafeto Emerson Leão sobre a estrutura deixada na Vila Belmiro após sua saída, mas nem assim apareceu para se defender após aportar como novo comandante do Palmeiras.
Se o treinador Vanderlei Luxemburgo resolveu adotar o silêncio para os jornalistas -tem uma entrevista agendada para esta manhã-, com os jogadores o novo técnico palmeirense já mostrou que os tempos de cobrança serão intensos. E eles assumiram o discurso.
Ontem, após o primeiro dia de trabalho na pré-temporada que está sendo realizada em Atibaia, alguns atletas falaram sobre o tom do cartão de visita dado pelo comandante.
"O Luxemburgo tem o jeito de trabalhar. Todo mundo sabe que ele é um vencedor, e a cobrança dele é por títulos", afirmou o lateral-esquerdo Leandro, que cumpriu uma temporada sem brilho em 2007.
Leandro falou da sua passagem pelo Cruzeiro para lembrar a sua afinidade com o treinador palmeirense. "Foi a melhor fase da minha carreira. Sob o comando de Luxemburgo, ganhamos o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro."
A prioridade do treinador começa com a obrigação de buscar um título que se tornou obrigatório no seu currículo: o Campeonato Paulista.
Dono de sete Estaduais -90 com Bragantino, 93, 94 e 96 pelo Palmeiras, 2001 no Corinthians e o atual bicampeonato dirigindo o Santos-, ele ressaltou a importância de voltar a colocar o Palmeiras como melhor time do Estado. "Vai fazer 12 anos que o nosso time não ganha esse título. E a pressão vai aumentando. Ele já falou para a gente que a prioridade vai ser essa", afirmou Leandro.
Cotado para deixar o clube (tinha proposta do futebol da Ucrânia), o volante Wendel disse que sua permanência foi um pedido do novo treinador.
"Fiquei feliz com o interesse dele. É um grande treinador, e todo jogador quer trabalhar com ele. Senti que cobrança vai ser forte. Mas é só assim que se consegue ser campeão", falou.
Volante de origem, mas adaptado por Caio Júnior para a lateral direita, Wendel disse que jogará onde o técnico mandar. "Acho que ele deve me aproveitar como lateral-direito, pois terminei o ano jogando nessa posição", comentou.
Ontem, os jogadores iniciaram os trabalhos físicos, e todos os dias as atividades estão programadas para dois períodos.
Segundo o preparador físico Antônio Mello, o trabalho visa resultados imediatos. "Eu espero ver a equipe correndo bem e produzindo entre a segunda e a terceira rodada na parte física", falou o homem de confiança de Luxemburgo.
A urgência em deixar o time logo na ponta dos cascos tem objetivo: largar bem no Paulista, segundo Mello. "Se o time começa a perder pontos no início, pode se complicar na hora de reverter. E um mau começo pode afetar a parte psicológica", avaliou o preparador.
O Palmeiras abre a sua participação no torneio no dia 17, contra o Sertãozinho, em Barueri. Segundo o gerente de futebol, Toninho Cecílio, as cinco primeiras rodadas como mandantes devem ser lá, já que o Parque Antarctica está em reforma. A diretoria estuda a possibilidade de Piracicaba receber um dos jogos da equipe.


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