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Luxemburgo se cala, mas time fala "luxemburguês"
Elenco do Palmeiras assume discurso do técnico, que ainda não deu entrevistas
Segundo o lateral Leandro, treinador já declarou que a conquista do Paulista passa a ser prioridade para o clube, que não o ganha desde 1996
TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA
Ele recebeu duras críticas do
desafeto Emerson Leão sobre a
estrutura deixada na Vila Belmiro após sua saída, mas nem
assim apareceu para se defender após aportar como novo comandante do Palmeiras.
Se o treinador Vanderlei Luxemburgo resolveu adotar o silêncio para os jornalistas -tem
uma entrevista agendada para
esta manhã-, com os jogadores
o novo técnico palmeirense já
mostrou que os tempos de cobrança serão intensos. E eles
assumiram o discurso.
Ontem, após o primeiro dia
de trabalho na pré-temporada
que está sendo realizada em
Atibaia, alguns atletas falaram
sobre o tom do cartão de visita
dado pelo comandante.
"O Luxemburgo tem o jeito
de trabalhar. Todo mundo sabe
que ele é um vencedor, e a cobrança dele é por títulos", afirmou o lateral-esquerdo Leandro, que cumpriu uma temporada sem brilho em 2007.
Leandro falou da sua passagem pelo Cruzeiro para lembrar a sua afinidade com o treinador palmeirense. "Foi a melhor fase da minha carreira. Sob
o comando de Luxemburgo, ganhamos o Mineiro, a Copa do
Brasil e o Brasileiro."
A prioridade do treinador começa com a obrigação de buscar um título que se tornou
obrigatório no seu currículo: o
Campeonato Paulista.
Dono de sete Estaduais -90
com Bragantino, 93, 94 e 96 pelo Palmeiras, 2001 no Corinthians e o atual bicampeonato
dirigindo o Santos-, ele ressaltou a importância de voltar a
colocar o Palmeiras como melhor time do Estado. "Vai fazer
12 anos que o nosso time não
ganha esse título. E a pressão
vai aumentando. Ele já falou
para a gente que a prioridade
vai ser essa", afirmou Leandro.
Cotado para deixar o clube
(tinha proposta do futebol da
Ucrânia), o volante Wendel disse que sua permanência foi um
pedido do novo treinador.
"Fiquei feliz com o interesse
dele. É um grande treinador, e
todo jogador quer trabalhar
com ele. Senti que cobrança vai
ser forte. Mas é só assim que se
consegue ser campeão", falou.
Volante de origem, mas
adaptado por Caio Júnior para
a lateral direita, Wendel disse
que jogará onde o técnico mandar. "Acho que ele deve me
aproveitar como lateral-direito, pois terminei o ano jogando
nessa posição", comentou.
Ontem, os jogadores iniciaram os trabalhos físicos, e todos
os dias as atividades estão programadas para dois períodos.
Segundo o preparador físico
Antônio Mello, o trabalho visa
resultados imediatos. "Eu espero ver a equipe correndo bem
e produzindo entre a segunda e
a terceira rodada na parte física", falou o homem de confiança de Luxemburgo.
A urgência em deixar o time
logo na ponta dos cascos tem
objetivo: largar bem no Paulista, segundo Mello. "Se o time
começa a perder pontos no início, pode se complicar na hora
de reverter. E um mau começo
pode afetar a parte psicológica", avaliou o preparador.
O Palmeiras abre a sua participação no torneio no dia 17,
contra o Sertãozinho, em Barueri. Segundo o gerente de futebol, Toninho Cecílio, as cinco
primeiras rodadas como mandantes devem ser lá, já que o
Parque Antarctica está em reforma. A diretoria estuda a possibilidade de Piracicaba receber um dos jogos da equipe.
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