São Paulo, terça-feira, 05 de janeiro de 2010

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obsessão

Roberto Carlos, na chegada, faz coro e cobra Libertadores

Lateral-esquerdo assume maior desejo da torcida e diz que Corinthians é o favorito para conquistar título continental

Prestes a completar 37 anos, atleta diz estar em perfeitas condições físicas e diz que no ano do centenário "alguma coisa boa vai acontecer"

Danilo Verpa/Folha Imagem
Roberto Carlos, na apresentação à torcida do Corinthians,
no Parque São Jorge, por volta das 12h


MARTÍN FERNANDEZ
LUCAS REIS

DA REPORTAGEM LOCAL Roberto Carlos chegou e assumiu definitivamente a condição de corintiano. Esqueceu o passado no Palmeiras, o flerte com o Santos e o fato de ter recentemente se oferecido para jogar de graça no Real Madrid.
Pontualmente às 12h, o lateral-esquerdo entrou no gramado do Parque São Jorge abraçado ao presidente Andres Sanchez. Vestiu a camisa da maior torcida organizada e mostrou obsessão pela conquista da Taça Libertadores da América.
Ontem, sob sol e calor de 36C, foi apresentado no gramado do Parque São Jorge a 5.000 entusiasmados torcedores. E não hesitou ao afirmar que chegou ao Corinthians em busca do inédito título continental -para ele e para o clube.
"É o nosso grande desejo. E também foi um dos motivos para eu assinar com o Corinthians: ganhar a Libertadores, que eu também não tenho."
Após ser ovacionado pelas arquibancadas, profetizou: "Eu acredito em destino. Se estou aqui no ano do centenário do Corinthians, é porque alguma coisa boa vai acontecer".
Em 30 minutos de acenos, depoimentos e entrevista coletiva, elogiou a estrutura do Corinthians e falou que pensa em voltar à seleção brasileira na Copa da África do Sul -foi um dos vilões da eliminação brasileira na Copa da Alemanha-06.
Mas o assunto que dominou a cerimônia foi mesmo a competição continental. "A Libertadores tem que ser do Corinthians, pelas contratações que fez, pela estrutura que tem o Corinthians. Estamos preparados para chegar à final da Libertadores e ganhar."
A obessão do lateral-esquerdo pelo torneio pode até ser medida. Citou a palavra "Libertadores" 14 vezes -mais do que ela, apenas "Corinthians" mereceu mais menções, com 43.
O atleta fez uma análise dos participantes: sem citar nomes, lembrou que favoritos ao título ficaram de fora nesta edição, como Boca Juniors, River Plate, Palmeiras e Grêmio, clubes que já eliminaram o Corinthians em outras edições.
E disse que aposta em tudo o que foi feito pelo clube para vencer a Libertadores. "Temos um grande treinador [Mano Menezes] e um grande time. É um cenário bem favorável."
Apesar da idade -completa 37 anos em abril-, Roberto Carlos afirmou estar em perfeitas condições físicas. "Se o treinador quiser, eu jogo amanhã", brincou. Em seguida, um pouco mais sério, declarou que precisaria "de um tempo" para se adaptar ao futebol brasileiro.
"Fiquei 16 anos fora", citou, sobre o período em que defendeu Inter de Milão, Real Madrid e Fenerbahce. "Vou precisar me adaptar à família Corinthians. Mas o que eu quero é jogar, é colocar essa camisa no campo e devolver para a torcida o que ela está me dando."


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