DA REPORTAGEM LOCAL

Uma fita com lances ofensivos e defensivos do rival, bem como jogadas ensaiadas e lances individuais dos principais jogadores é a novidade que o técnico Tite está implantando no São Caetano para a temporada deste ano.
Apoiado nessa modernidade, o time do ABC pretende decolar na Libertadores hoje, às 19h30, no estádio Anacleto Campanella contra o The Strongest, da Bolívia.
"O profissionalismo no futebol de hoje nos permite isso, e acho que é importante conhecer o máximo do adversário", disse Tite.
E para quem pensa que o recurso de gravar os jogos do adversário se limita a um simples teipe do jogo está enganado. "Fazemos uma edição bem detalhada com várias etapas analisando tudo. Ora o ataque, a defesa e o time como um todo", comentou Tite, que não poupa nenhum de seus jogadores da "sessão de cinema" obrigatória no time do São Caetano.
A novidade é bem aceita no grupo, que espera agora encerrar a fama de time que amarela em decisões. Para Dininho, um dos jogadores mais velhos da equipe, conhecer o rival é fundamental.
"Não conheço ninguém do time deles, mas depois vamos ver o vídeo que o Tite prepara. É sempre bom saber se o atacante joga na base da velocidade, ou se é homem de área e coisas assim", afirmou o jogador.
Profundo conhecedor dos métodos usados por Tite (os dois trabalharam juntos no Grêmio), o meia-lateral Gilberto acha que o São Caetano só tem a ganhar com a "sessão de cinema". "Vi o jogo do São Paulo contra o The Strongest pela Copa Sul-Americana. Mas a vantagem de ver a fita é que eles podem ter mudado o estilo de jogo", disse Gilberto.
O São Caetano está no Grupo 1, que conta também com o América do México e Peñarol. Para o jogo de hoje, Tite já tem o time e o esquema definidos para o jogo.
"O Dininho está voltando e falta ver somente se o Gustavo está em condições. No caso de não entrar, joga o Tiago", disse o treinador que vai armar o time no 3-5-2.
E a palavra de ordem para ir bem é fazer a lição de casa. "Não podemos perder pontos jogando em São Caetano", falou Gilberto.
Concentrados no ritmo de Tite, os jogadores mais antigos evitaram comparar o trabalho do atual treinador com Jair Picerni, que, quando esteve no clube, levou a equipe a duas finais de Brasileiro e uma decisão de Libertadores.
Para Dininho, os tempos são outros. "Hoje temos atletas que se adaptam mais rápido, mas o Jair teve os seus méritos quando esteve aqui", afirmou o jogador após o treinamento.


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