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Braga e Teixeira
se reúnem por
verba da Lei Piva
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Os dois maiores desafetos do futebol brasileiro -Marcio Braga,
presidente do Flamengo, e Ricardo Teixeira, da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF)- se
reuniram ontem no Rio para lançar oficialmente uma ofensiva para incluir clubes de futebol como
beneficiados diretos da Lei Piva.
Aprovada em 2001, a lei destina
2% da arrecadação das loterias da
Caixa Econômica Federal aos Comitês Olímpico (COB) e Paraolímpico Brasileiros. O COB repassa parte do dinheiro direto para as
confederações, e algumas repassam para os clubes. Até este ano, a
CBF se recusava a receber a verba.
Agora, os clubes de futebol querem colocar na legislação o percentual a que terão direito.
"Vamos fazer tudo para mudar
a lei. Não é possível continuarmos
formando atletas e vermos o dinheiro sendo passado para as entidades de administração", disse
Braga. "O pinto nasce do ovo. É
justo que os clubes participem da
Lei Piva", disse Teixeira, desafeto
de Braga desde os anos 80.
Teixeira anunciou a criação de
uma equipe para formular uma
proposta de alteração da distribuição de recursos da Lei Piva. O
grupo redigirá também um estudo sobre a criação de uma lei de
incentivo fiscal ao esporte.
Apesar do discurso afinado, os
dirigentes se recusaram a dizer
que se aliaram após o encontro,
na sede da CBF. "É como as antigas reuniões dos mandatários dos
EUA com os da União Soviética
na Guerra Fria", disse Braga.
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