São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2004

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Braga e Teixeira se reúnem por verba da Lei Piva

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Os dois maiores desafetos do futebol brasileiro -Marcio Braga, presidente do Flamengo, e Ricardo Teixeira, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)- se reuniram ontem no Rio para lançar oficialmente uma ofensiva para incluir clubes de futebol como beneficiados diretos da Lei Piva.
Aprovada em 2001, a lei destina 2% da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal aos Comitês Olímpico (COB) e Paraolímpico Brasileiros. O COB repassa parte do dinheiro direto para as confederações, e algumas repassam para os clubes. Até este ano, a CBF se recusava a receber a verba.
Agora, os clubes de futebol querem colocar na legislação o percentual a que terão direito.
"Vamos fazer tudo para mudar a lei. Não é possível continuarmos formando atletas e vermos o dinheiro sendo passado para as entidades de administração", disse Braga. "O pinto nasce do ovo. É justo que os clubes participem da Lei Piva", disse Teixeira, desafeto de Braga desde os anos 80.
Teixeira anunciou a criação de uma equipe para formular uma proposta de alteração da distribuição de recursos da Lei Piva. O grupo redigirá também um estudo sobre a criação de uma lei de incentivo fiscal ao esporte.
Apesar do discurso afinado, os dirigentes se recusaram a dizer que se aliaram após o encontro, na sede da CBF. "É como as antigas reuniões dos mandatários dos EUA com os da União Soviética na Guerra Fria", disse Braga.


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