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FUTEBOL
Fifa confirma aumento de cota para a imprensa escrita; número de formulários será o mesmo da Alemanha
Brasil vai receber mais 45 credenciais
da Reportagem Local
A Fifa confirmou ontem que
o Brasil poderá
enviar 200 jornalistas de imprensa escrita
para trabalhar
na Copa do Mundo da França. A
informação foi fornecida à Folha
por Keith Cooper, o diretor de comunicação da entidade que controla o futebol mundial.
A cota recebeu um aumento de
45 documentos -anteriormente,
eram 155 os passes de imprensa
destinados ao país. Segundo Cooper, os formulários se dividem em
170 para repórteres de texto e 30
para fotógrafos de jornais, revistas
e agências de notícias.
Mas o Brasil não será o país com
o maior número de passes, como
havia sido anunciado pelo próprio
Cooper na última sexta-feira. Ele
disse ontem que o total destinado
à imprensa do Brasil é o mesmo
enviado à Alemanha.
Andreas Herren, também do setor de comunicação da Fifa, afirmou que o novo lote será enviado
ao país na próxima semana. Ele
disse que os documentos serão encaminhados à CBF.
A Confederação Brasileira de
Futebol ainda não divulgou quais
os critérios vai usar para distribuir
essas credenciais.
A Abrace (Associação Brasileira
dos Cronistas Esportivos), órgão
responsável pela divisão dos formulários no país, ainda não recebeu nenhuma informação oficial,
de acordo com seu presidente,
Adérson Maia.
"Sei que elas (as credenciais) já
estão em poder de Ricardo Teixeira (presidente da CBF), mas não
há nada certo sobre a distribuição", afirmou.
Teixeira esteve na Suíça para
uma reunião sobre o caso e agora
está em Miami, acompanhando a
seleção na Copa Ouro.
A Folha procurou Teixeira ontem em Miami, mas não conseguiu encontrá-lo.
A partilha das primeiras 155 que
chegaram ao país foi cercada de
controvérsias. Primeiro, a entidade disse ter recebido apenas 120
documentos.
Depois, reteve 65 deles -15 dos
quais foram entregues posteriormente à Abrace (leia abaixo)- e
as entregou diretamente a órgãos
de imprensa, sem anunciar critérios objetivos.
Veículos do grupo Estado ("O
Estado de S.Paulo", "Jornal da
Tarde" e a Agência Estado) ficaram com pelo menos 18, e a revista
"Veja", com 4.
A Folha ficou com 11, recebidas
via Aceesp (dez) e Acerj (um), os
dois órgãos que congregam a imprensa esportiva de São Paulo e do
Rio de Janeiro. Os presidentes das
duas entidades criticaram a maneira como a CBF vem conduzindo a divisão dos formulários.
Em cartas a João Havelange,
presidente da Fifa, a Teixeira, à direção do comitê organizador da
Copa e à chefia de comunicação da
Fifa, a Folha formalizou seu protesto sobre o número de credenciais reservadas para o Brasil e os
problemas da distribuição.
Resto do mundo
Keith Cooper também se recusou a revelar quantos documentos
outros países estão recebendo e
demonstrou irritação. "Não temos
de dar satisfação. Você já sabe
quantas tem o Brasil. Não é de seu
interesse saber quantas credenciais receberam China ou Nova
Zelândia", disse ele à Folha.
Além do Brasil, outros países
protestaram por causa do número
de formulários recebidos. Dinamarca, Argentina, Chile e Escócia,
entre outros países, julgaram suas
cotas insuficientes.
A credencial é um instrumento
de trabalho fundamental para os
jornalistas em eventos como uma
Copa. Ela permite acesso a treinamentos, jogos e eventos oficiais do
Mundial.
Segundo a Abrace, o prazo para
a confirmação do credenciamento
foi estendido até 10 de abril, dois
meses antes do início do Mundial.
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