|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Preconceito aborrece mulheres
da Agência Folha, em Florianópolis
O esforço para popularizar o tiro
ao alvo provocou um inesperado
efeito colateral.
Nos últimos anos, tem crescido
o interesse de mulheres por esse
esporte, tradicionalmente associado ao universo masculino. Em alguns clubes de tiro de Joinville, as
mulheres são 30% dos atiradores.
""Nós levamos o tiro ao alvo bem
mais a sério do que muitos homens, que só querem saber de
participar de campeonatos para
beber cerveja e comer chucrute.
As mulheres jogam para vencer",
afirma Carmen Gehrmann, dona-de-casa em Joinville.
Há seis anos, na companhia de
três amigas, ela fundou um clube
feminino de tiro e passou a organizar campeonatos.
Hoje, seu clube conta com 30 sócias ativas. No norte do Estado, já
existem 13 clubes de tiro para mulheres, reunindo quase 500 praticantes.
""Nos primeiros dias, o preconceito dos homens foi grande, diziam para voltarmos para casa para fazer comida", diz Gehrmann.
Filha de alemães fanáticos pelo
esporte, ela tomou gosto ainda
criança. Agora, junto com o marido, está iniciando no tiro uma filha de 11 anos e um filho de 9.
As mulheres ainda resistem à
prática do tiro com munição de
chumbo, que exige maior força física para aguentar o ""tranco" da
arma. Elas preferem atirar utilizando setas de náilon.
""Para mim, o tiro é uma terapia,
que relaxa mais do que qualquer
outra coisa", afirma.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|