São Paulo, domingo, 05 de março de 2006

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FUTEBOL

Contra Marília hoje, time se despede de equipes frágeis para iniciar semana decisiva na Libertadores e no Estadual

Corinthians encerra sua série de molezas

Adriano Vizoni/Futura Press
O goleiro chileno Johnny Herrera, que seguirá como titular do Corinthians no lugar de Marcelo, participa de treino do time ontem


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians hoje vai se despedir temporariamente do refresco dos últimos jogos. O Marília, adversário desta noite e penúltimo colocado no Paulista, é o último de uma seqüência de rivais frágeis que começou com Mogi Mirim e passou por Santo André e Ituano.
Antes deles, o clube alvinegro enfrentou um adversário tradicional, o Santos, e foi derrotado. O jogo, que ocorreu em 12 de fevereiro, marcou o último revés da equipe, invicta faz cinco jogos. Contando aí o empate com a Universidad Católica, do Chile, em casa, pela Libertadores.
Amanhã, quando embarca logo cedo para o México, o time inicia uma semana vital para suas pretensões tanto no torneio continental como no Paulista.
A primeira parada ocorrerá em Monterrey, na quinta, para enfrentar o Tigres, considerado pelos corintianos o mais perigoso rival da chave no interclubes continental. Na segunda, no domingo, fará o clássico com o São Paulo, equipe que não vence desde 2003. Uma semana depois, o duelo será contra o arqui-rival Palmeiras.
"São dois campeonatos diferentes, mas um sempre influencia o outro. Temos que vencer o Marília, conseguir um bom resultado contra o Tigres e partir para a vitória no clássico contra o São Paulo", afirma o atacante Nilmar, que tem sido o principal jogador da equipe em 2006.
A preocupação do técnico Antônio Lopes com a semana fez com que ele poupasse Tevez, Ricardinho e Gustavo Nery, que disputaram amistosos pelas seleções argentina e brasileira, respectivamente, e chegaram muito desgastados da Europa.
O trio nem sequer foi relacionado para o jogo de hoje à noite.
"É sem dúvida uma seqüência com jogos difíceis, mas temos que pensar no Marília primeiro", diz.
Após a derrota para os santistas, os corintianos navegaram em um mar de tranqüilidade. Venceram três jogos, empataram outro, fizeram 15 gols e levaram seis. A dificuldade maior foi contra o Ituano, mas, mesmo sem seis titulares e com falhas da defesa, o time venceu por 3 a 2 e subiu para o quarto lugar no Estadual, com 24 pontos.
Após esse jogo, Lopes falou sobre a diferença técnica entre os times considerados grandes e os pequenos. "As equipes do interior deram mais trabalho no começo do campeonato, quando estavam melhor fisicamente. Agora, com isso igualado, a parte técnica faz a diferença", avaliou o treinador, para quem o Estadual será definido nos clássicos.
Para o confronto de hoje, Lopes vai manter o goleiro Herrera, que estreou em Itu, entre os titulares. "O Flávio [Tenius, preparador de goleiros] achou que ele foi muito bem e isso vem de encontro com o que achei também. Ele tem senso de cobertura dos zagueiros, joga adiantado, quase como líbero", explicou.
O treinador, que eximiu de culpa seus defensores pelos dois tentos sofridos diante do Ituano, vai manter Marinho e Betão na defesa. O meia Rosinei continuará improvisado na lateral direita. "Ele fez uma excelente partida. Eu gosto de lateral que apóia."
O Marília fez seu último treino coletivo com portões fechados. A expectativa é arrancar ao menos um empate dentro do Pacaembu. O time do interior, que vem de duas vitórias consecutivas, terá a volta do goleiro Guto e do volante João Marcos e será armado com três zagueiros.

Colaborou a Agência Folha, em Marília

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