|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil pena em casa na Libertadores
Em 5 jogos, times perderam mais pontos do que em todos os duelos em casa contra estrangeiros na 1ª fase de 2007 e 2008
Média de gols sofridos mais do que dobra em relação aos últimos anos no começo complicado das equipes nacionais nesta temporada
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram somente cinco partidas na edição 2009. Mas já bastou para os clubes brasileiros
perderem mais pontos para adversários estrangeiros, em casa,
do que em 31 partidas somando
as fases de grupo da Taça Libertadores em 2007 e 2008.
O São Paulo, que hoje pega o
América de Cali na Colômbia,
estreou empatando no Morumbi contra o Independiente
Medellín (1 a 1), assim como o
Grêmio diante da Universidad
de Chile (0 a 0) no Olímpico.
Pior fez anteontem o Palmeiras
contra o Colo Colo, que venceu
por 3 a 1 no Parque Antarctica e
deixou o time paulista, que já
havia perdido para a LDU em
Quito, em situação delicada.
Vitória nos cinco primeiros
jogos de times nacionais em casa só a do Cruzeiro contra o Estudiantes (3 a 0) e a de ontem
do Sport diante da LDU (2 a 0).
Os tropeços como mandantes foram raros nas últimas Libertadores. No ano passado,
por exemplo, foram 15 vitórias
em 15 jogos na fase de grupos.
Em 2007, em 16 duelos, houve
13 triunfos e três empates.
Ou seja, os times brasileiros
já perderam contra estrangeiros em casa sete pontos na primeira fase de 2009, contra seis
desse estágio inteiro do torneio
completo em 2007 e 2008.
Bastaram só quatro partidas
para as defesas brasileiras sofrerem em casa o mesmo número de gols de adversários de
outros países do que em edições inteiras. Após cindco jogos, já são quatro tentos (a média por jogo mais do que dobrou em relação aos últimos
dois anos, indo de 0,27 a 0,80).
Além disso, os ataques têm
produzido menos, pois, em casa, os times do país, com grande
ajuda do Sport, fizeram só 1,4
gol por jogo, abaixo das médias
de 2007 (1,87) e 2008 (2,53).
Principais rivais do futebol
brasileiro no continente, os
clubes argentinos tiveram um
arranque em casa muito mais
sólido nesta Libertadores.
Nos cinco primeiros jogos
com mando de campo, os clubes argentinos acumularam
quatro vitórias e um empate e
foram vazados só duas vezes.
A desculpa dos brasileiros de
que os estrangeiros só tentam
se defender quando são visitantes nem sempre se justifica.
Contra o Palmeiras, segundo
o Datafolha, o Colo Colo finalizou 11 vezes, praticamente a
média de um time nacional em
um campeonato como o Brasileiro. E o time chileno ainda teve mais qualidade nas conclusões -sua pontaria foi de 54%,
contra somente 29% da obtida
pela equipe comandada por
Vanderlei Luxemburgo.
Dois tropeços brasileiros
ocorreram com os visitantes
em desvantagem no número de
jogadores. Contra o Grêmio, a
Universidad de Chile teve atleta expulso aos 31min do segundo tempo. Já o Palmeiras atuou
com um a mais por 41 minutos,
sem contar os acréscimos, depois que Meléndez foi expulso
no início da segunda etapa.
Fracassar já na primeira fase
não é comum para os times brasileiros na Libertadores. Nesta
década, dos 39 clubes do país
que participaram da competição, só seis não conseguiram alcançar a fase de mata-matas.
Texto Anterior: Juca Kfouri: Lanterna verde, luz vermelha Próximo Texto: Bilheteria: Torcida tem apoiado equipes Índice
|