São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2010

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Calendário faz Davis ignorar terremoto

Chilenos pedem adiamento de duelo, mas ITF não aceita

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

O terremoto de 8,8 graus que atingiu o Chile no sábado agitou a Copa Davis, cuja edição 2010 tem início hoje.
Pela elite da principal competição entre países do tênis, os chilenos recebem Israel.
Apesar de a sede do confronto, Coquimbo (a 500 km do norte de Santiago), não ter sofrido danos, a Federação Chilena de Tênis se manifestou a favor do cancelamento dos jogos.
Diferentemente da liga nacional de futebol, que adiou a rodada do fim de semana, a ITF (Federação Internacional de Tênis) não acolheu o pedido -por causa do calendário cheio, seria difícil encontrar nova data para o confronto.
O que a ITF permitiu foi que o confronto começasse amanhã, com um dia de atraso, já que tenistas e oficiais tiveram muita dificuldade e chegaram com atraso a Coquimbo.
A federação também determinou que os outros sete confrontos do Grupo Mundial (Espanha x Suíça, França x Alemanha, Rússia x Índia, Suécia x Argentina, Croácia x Equador, Sérvia x EUA e Bélgica x República Tcheca) fizessem hoje um minuto de silêncio em homenagem às vítimas no Chile.
A tradicional competição, que começou a ser disputada em 1900, já havia sido questionada no início do ano, quando o conselho de jogadores da ATP anunciou o estudo de um novo formato para a Davis.
A intenção do conselho, formado pelos três primeiros do ranking mundial (o suíço Roger Federer, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal), é reduzir, com a proposta, o número de jogos na temporada.
Federer, por exemplo, já abriu mão de disputar vários confrontos da competição para se poupar, priorizando seus objetivos particulares, e já foi criticado por isso, inclusive por um colega da equipe suíça.
Neste ano, apenas quatro top 10 disputam a primeira rodada do Grupo Mundial -as ausências acontecem não só por lesão mas também por opção técnica.
A ideia da proposta dos jogadores é tornar a Copa Davis uma competição bienal, com 32 seleções, divididas em grupos, em um único local, durante dez dias de disputa. Seria um "Grand Slam das Nações" ou a Copa do Mundo de tênis.
A ITF reconheceu que a proposta apresenta elementos interessantes, entretanto ressalta que o formato "país x país" também é muito atrativo.


Com agências internacionais

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