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Calendário faz Davis ignorar terremoto
Chilenos pedem adiamento
de duelo, mas ITF não aceita
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
O terremoto de 8,8 graus que
atingiu o Chile no sábado agitou a Copa Davis, cuja edição
2010 tem início hoje.
Pela elite da principal competição entre países do tênis, os
chilenos recebem Israel.
Apesar de a sede do confronto, Coquimbo (a 500 km do
norte de Santiago), não ter sofrido danos, a Federação Chilena de Tênis se manifestou a favor do cancelamento dos jogos.
Diferentemente da liga nacional de futebol, que adiou a
rodada do fim de semana, a ITF
(Federação Internacional de
Tênis) não acolheu o pedido
-por causa do calendário
cheio, seria difícil encontrar
nova data para o confronto.
O que a ITF permitiu foi que
o confronto começasse amanhã, com um dia de atraso, já
que tenistas e oficiais tiveram
muita dificuldade e chegaram
com atraso a Coquimbo.
A federação também determinou que os outros sete confrontos do Grupo Mundial (Espanha x Suíça, França x Alemanha, Rússia x Índia, Suécia x
Argentina, Croácia x Equador,
Sérvia x EUA e Bélgica x República Tcheca) fizessem hoje um
minuto de silêncio em homenagem às vítimas no Chile.
A tradicional competição,
que começou a ser disputada
em 1900, já havia sido questionada no início do ano, quando o
conselho de jogadores da ATP
anunciou o estudo de um novo
formato para a Davis.
A intenção do conselho, formado pelos três primeiros do
ranking mundial (o suíço Roger
Federer, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal),
é reduzir, com a proposta, o número de jogos na temporada.
Federer, por exemplo, já
abriu mão de disputar vários
confrontos da competição para
se poupar, priorizando seus objetivos particulares, e já foi criticado por isso, inclusive por
um colega da equipe suíça.
Neste ano, apenas quatro top
10 disputam a primeira rodada
do Grupo Mundial -as ausências acontecem não só por lesão
mas também por opção técnica.
A ideia da proposta dos jogadores é tornar a Copa Davis
uma competição bienal, com 32
seleções, divididas em grupos,
em um único local, durante dez
dias de disputa. Seria um
"Grand Slam das Nações" ou a
Copa do Mundo de tênis.
A ITF reconheceu que a proposta apresenta elementos interessantes, entretanto ressalta que o formato "país x país"
também é muito atrativo.
Com agências internacionais
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