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Justiça na Argentina decreta a
falência do endividado Racing
das agências internacionais
O Racing, um dos clubes mais
ilustres da Argentina, teve falência
decretada oficialmente pela Justiça
do país. O time de Avellaneda, rival do Independiente, tem dívida
aproximada de US$ 40 milhões.
Ficou determinado que os bens
do clube deverão ser liquidados. A
decisão foi tomada pela Câmara de
Apelações de La Plata, cidade que
fica 60 km ao sul de Buenos Aires,
órgão que julga a falência do Racing desde agosto do ano passado.
Segundo Jorge Seisdedos, advogado que cuida do processo de fechamento do clube, o Racing está
juridicamente ""dissolvido".
Quebrado, o clube não poderá
jogar o Campeonato Argentino
(Torneio Clausura), que começa
hoje. O Racing enfrentaria o Talleres, de Córdoba, neste domingo.
Os dirigentes do time podem
apelar à Corte Suprema de Buenos
Aires, mas uma suposta decisão favorável levaria tempo e não é certo
que a situação atual seja alterada.
A tendência, para especialistas
em legislação, é que o Racing permaneça fechado, sem atividades.
Cerca de cem torcedores do time
foram até a sede do clube ontem.
Eles ameaçavam parar o trânsito
na avenida Mitre, uma das mais
importantes de Avellaneda, em
protesto contra a decisão judicial.
O fechamento do Racing decorre
do pedido do advogado Francisco
Díaz, que cobra dívida de US$ 250
mil pelos seus trabalhos no clube.
O time argentino tentava negociar o pagamento a longo prazo.
O Racing foi o primeiro time argentino a conquistar o Mundial interclubes, em 1967. Não vence um
título nacional desde 1966, mas é
um dos clubes mais populares do
país, ao lado do Boca Juniors, do
River Plate e do Independiente.
O estádio do Racing, com capacidade para 60 mil pessoas (um dos
maiores do país), deve passar ao
poder público. Já os jogadores terão liberdade para negociar a
transferência para outros clubes.
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