São Paulo, sábado, 05 de abril de 2008

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Brasil causa desconforto por posição antialtitude

DA REPORTAGEM LOCAL

A posição solitária do Brasil de lutar contra jogos em cidades de elevada altitude na América do Sul já causou grande desconforto em dirigentes do continente, o que aponta para um racha dentro da Conmebol.
""Pensei que a Bolívia e algum outro país da área andina é que estavam aborrecidos com a posição de Teixeira [Ricardo, presidente da CBF], mas me surpreendi que outros estejam. Teixeira, como nosso representante no Comitê Executivo da Fifa, não nos representou", afirmou Carlos Chávez, presidente da federação boliviana.
Anteontem, na reunião do Executivo da Conmebol, todas as federações nacionais do continente, exceto a brasileira, ratificaram o apoio aos jogos em locais acima de 2.750 m de altitude, inclusive nas eliminatórias da Copa, como vetou a Fifa, entidade máxima do futebol.
Segundo Chávez, Teixeira anotou um ""gol contra" ao não assinar documento enviado à Fifa apoiando a decisão da Conmebol, que não vai vetar jogos na altitude em suas competições, como a Libertadores.
""É uma situação delicada. A atitude brasileira vai afetar o que sempre foi a Conmebol: unida, integrada e monolítica", afirmou o dirigente boliviano.
Teixeira agiu com base em resolução recente da Fifa.
""Os danos que podem ser causados por partidas na altitude foram amplamente demonstrados e discutidos, o que motivou a Fifa a se manifestar de forma contrária à realização de jogos acima de 2.750 m", afirmou Teixeira, que apoiou dessa forma causa movida pelos clubes brasileiros que disputam a atual Libertadores.
A Conmebol, aliás, quer que os clubes brasileiros, liderados pelo Flamengo, abandonem a causa levada à CAS (Corte Arbitral do Esporte). A entidade entende que os clubes do país ignoraram a sua autoridade.


Com agências internacionais

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