São Paulo, segunda-feira, 05 de abril de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

O armador tricolor

RICARDO GOMES fez mistério ao dizer, no sábado, que haveria apenas uma mudança no São Paulo para a partida contra o Botafogo-SP. Qual seria? O armador, claro. Marlos foi o escolhido pelo treinador, Miranda e Dagoberto pelo jogo. Sua primeira aparição concreta na vitória sobre o Botinha aconteceu ao marcar o primeiro gol tricolor, concluindo uma jogada inteirinha organizada por Miranda.
A primeira etapa anunciou que Marlos não é o cara. O segundo tempo deu a entender o contrário. Marlos acelerou o ritmo do time. Nessa etapa, o destaque foi Dagoberto, substituído sob aplausos dos torcedores no Morumbi aos 31min. Mas Marlos jogou mais do que vinha fazendo Cléber Santana.
Mais do que acertada, a experiência de Ricardo Gomes era necessária.
Neste ano, o São Paulo já jogou com quatro volantes em linha ou com um deles fazendo a criação. Na última experiência, Cléber Santana, dava a impressão de ser o jogador mais efetivo para a função. A ele, no entanto, sobra vitalidade, falta criatividade.
Marlos chegou ao São Paulo no ano passado, quando era escalado por Ricardo Gomes como meia de criação, à frente de uma linha de quatro homens, com a missão de organizar e, ao mesmo tempo, completar o meio no 3-5-2.
Saiu da equipe por não conseguir fazer o trabalho sujo.
Contra o Barueri, no Brasileirão, era dele a missão de acompanhar o volante Ralf, hoje no Corinthians. No final do primeiro tempo, o volante rival recebeu e Marlos só olhou. O gol do Barueri representou um dos ingredientes para que Marlos perdesse o lugar na equipe.
O São Paulo de hoje conta com jogadores daqueles que, quando bem, marcam e criam. Jorge Wágner, Cléber Santana, Hernanes... Na fase ruim, não têm feito nem uma coisa, nem outra. Na pior das hipóteses, Marlos empata com eles. Zero a zero.
Chegou-se a um ponto crucial. Ou o São Paulo mexia no meio-campo ou corria o risco de chegar às semifinais para virar saco de pancada.
Não que o risco esteja eliminado. Mas a maior goleada do São Paulo no Paulistão deixou claro, pelo menos, que Ricardo Gomes está vendo o que anda faltando.



ENFIM RONALDO
Não que tenha sido um fenômeno. Mas Ronaldo começou a jogada do primeiro gol e fez o segundo. Há tempos, ele atrapalhava. Ontem, ajudou. Na comparação com o São Paulo, o time de Mano Menezes parece chegar mais forte às semifinais, desde que confirme a classificação contra o Rio Claro, claro.



NA TRAVE
O Vasco jogou mal, errou na defesa e chegou a entregar a classificação no colo do América. O quarto gol pôs o time de São Januário num clássico contra o Flamengo. Favorito, não é. Mas terá Carlos Alberto contra o time de Adriano e Vágner Love, que ainda joga menos do que anunciou no início do ano.



JOGA BONITO
A campanha mundial da patrocinadora da seleção brasileira mostrava uma camisa amarela com a frase "Joga Bonito". Pois a mesma empresa estampa sua marca nas duas camisas que hoje mais merecem essa definição. Arsenal e Barcelona vão fazer outro jogo espetacular amanhã, pela Copa dos Campeões. Os desfalques de Fàbregas e Ibrahimovic não escondem o futebol de Xavi e Messi. À parte o melhor do mundo, como joga o volante espanhol...


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