São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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Bagunça santista

Enquanto Santos luta para fechar com Muricy Ramalho, Elano fala em nome de Ganso e reclama de desorganização no clube

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O Santos perde um clássico em casa. Paulo Henrique Ganso sai vaiado, e Neymar toma as dores. A diretoria diz que é quase certo que Muricy Ramalho será seu treinador, mas não bate o martelo.
Elano, a principal contratação do time na temporada, dispara duros desabafos.
E, no meio de todo esse furacão, o Santos faz amanhã, contra o Colo Colo, sua partida mais importante no ano.
Se não vencer, ficará em situação delicadíssima na Libertadores, prioridade do clube desde a conquista da Copa do Brasil, em 2010.
Como se fosse preciso, Elano não escondeu ontem o momento difícil do time.
"Estamos vivendo há três meses em um ambiente conturbado. A cada momento surge algum tipo de problema. Sai o Adilson [Batista], quem assume, quem não assume... Sai o Paulo [Henrique Ganso], o Paulo fica... São três meses de turbulências que passamos na Vila."
"Estamos suportando bem. Até dentro do possível, bem. São três meses de uma série de dificuldades dentro do grupo", disse o jogador.
O meia, por sinal, fez as vezes de porta-voz de Ganso, que há algum tempo não concede entrevista coletiva.
"Estou vindo falar em nome do Paulinho. Está acontecendo uma série de turbulências, e ele está pagando por várias coisas", disse Elano.
"Tudo isso poderia ter sido evitado com conversas internas, das pessoas ligadas ao Paulo Henrique Ganso, dos diretores, para preservá-lo", afirmou o meia, que também comparou o tratamento dado pelo Santos a Neymar e Ganso. "A gente sabe que ambas as negociações aconteceram de maneiras diferentes."
Para Elano, uma eliminação precoce do Santos pode aumentar ainda mais a pressão da torcida sobre Ganso.
Certo mesmo é que o interino Marcelo Martelotte será o técnico no confronto ante os chilenos. Mesmo que Muricy, ex-Fluminense, assine contrato até amanhã, o que é bem provável, ele só deverá ser apresentado na quinta- -feira, ou seja, após o jogo.
"É 95% certa [a contratação de Muricy]. Ele me falou que a razão da vida profissional dele é a vitória, a conquista. Não poderia ser um discurso mais afinado", afirmou o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, à rádio Globo, ontem à noite.
Segundo o cartola, faltam detalhes para a assinatura do contrato. Um deles é a comissão técnica: Muricy pretende contar com seus próprios profissionais, e o Santos tenta convencê-lo do contrário.
"Devemos acertar tudo em 48 horas. Então, não haveria tempo hábil [para Muricy estrear]. E até atrapalharia o trabalho do Marcelo Martelotte", declarou Luis Alvaro.


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