São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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BASQUETE

Técnico quer ter mais escolhas para o Mundial

Seleção feminina faz aposta em 4 "exiladas" para ganhar opções

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um ano de Mundial, o técnico Antonio Carlos Barbosa promete surpresas na primeira lista de convocadas para a seleção brasileira feminina. As "exiladas" Érica Vicente, Érika Rante, Jaqueline Godoy e Renata de Oliveira devem ser chamadas pelo treinador -a convocação está marcada para o dia 2 de julho.
"Pretendemos aumentar o número de atletas em condições de serem convocadas. Por isso, quero observar essas atletas. Elas foram jogar no exterior muito jovens e ficamos com poucas notícias delas", afirmou Barbosa.
Das quatro, a mais conhecida é Jaqueline, 25. Campeã do primeiro Nacional feminino, quando defendia o Fluminense, em 1998, a armadora treinou com a seleção na preparação para o Mundial da Alemanha naquele ano.
Prevendo que seria cortada, Jaqueline pediu dispensa do grupo. Em seguida, transferiu-se para o basquete universitário dos EUA. Atualmente, é o destaque da Universidade Azusa, na Califórnia.
Érica Vicente, 26, e Érika Rante, 25, atuam na Universidade do Sudoeste do Estado do Missouri. Titulares, as duas não conseguiram levar sua equipe ao Final Four. No ano passado, porém, o time chegou às semifinais.
As boas médias de Érica Vicente -11,3 pontos e 7,2 assistências por partida- despertaram interesse da WNBA.
"É normal sermos esquecidas aqui nos EUA. As pessoas não têm oportunidade de nos ver jogando. Mas é lógico que sonho em vestir a camisa da seleção", disse Érica, que, no Brasil, jogou por vários clubes.
"Estou há quatro anos no exterior. Em julho, estarei de férias da universidade [a pivô cursa comércio exterior". Seria uma ótima oportunidade para treinar com a seleção brasileira", afirmou Érika.
A ala Renata Oliveira, 24, é a única das quatro que joga na Europa. Irmã da pivô Alessandra, do Ruzomberok, da Eslováquia, Renata atua pelo Bees Triviglio, da Itália, ao lado da pivô Cíntia Tuiú.
Apesar da oportunidade, essas atletas têm chances muito remotas de irem ao Mundial da China, em setembro. "Mundial não é hora de fazer experiência. É o fechamento de um ciclo. Já temos uma base, que será mantida", afirmou Barbosa, que admitiu ter apenas uma ou duas dúvidas para definir o grupo. (ADALBERTO LEISTER FILHO)


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