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FUTEBOL
Equipe, que esteve duas vezes atrás no placar, arranca vitória nos dez últimos minutos e sobe para a sétima posição
São Paulo vira e dedica triunfo a Oliveira
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma frenética virada no segundo tempo deu a vitória ao São
Paulo, ontem, sobre o Figueirense, por 3 a 2. Resultado que foi dedicado pelos jogadores ao técnico
Oswaldo de Oliveira, demitido
anteontem pelo presidente do
clube, Marcelo Portugal Gouvêa.
Ricardinho e Luis Fabiano lembraram o ex-comandante tão logo
o jogo acabou. "Tenho certeza de
que ele torceu por nós", disse o
meia. Já Luis Fabiano, que marcou duas vezes ontem, disse ter ficado triste com a decisão da presidência e foi além. "Foi a mesma
coisa que perder um parente. É
doloroso. Por isso dedico a vitória
a ele, com quem vivi a melhor fase
da minha carreira."
Os dois ainda destacaram que a
garra que mostraram no segundo
tempo é também mérito de Oliveira, 52, que montou o time.
Na prática, depois de um primeiro tempo apático, assim como
os 20 minutos iniciais da etapa final, uma substituição do técnico
interino Roberto Rojas mudou o
panorama da partida: a troca de
um volante por um atacante.
Sem a retranca 4-5-1 que havia
sido escolhida por Oliveira e mantida por Rojas até então, o São
Paulo passou a testar incansavelmente o goleiro Édson Bastos,
que deixou a vitória mudar de lado apenas aos 46min -os catarinenses haviam feito 1 a 0, 2 a 1,
mas deixaram a primeira vitória
no campeonato escapar nos últimos dez minutos de partida.
Mas antes o jogo esteve "perdido". Irritada com o futebol de alguns são-paulinos, que repetiam
a má atuação do jogo da última
quinta-feira, contra o mesmo Figueirense, a torcida vaiava.
Com o meia Sousa na vaga do
atacante suspenso Reinaldo, o time não rompia a retranca do Figueirense. Kaká, adiantado para
acompanhar Luis Fabiano, não
conseguia avançar nas poucas vezes em que era acionado.
As melhores chances do time da
casa no primeiro tempo foram
em cobranças de faltas.
Já os catarinenses apostavam
nos contra-ataques. Logo aos
7min, Léo Macaé quase abriu o
placar com um chute cruzado
-Rogério saiu bem, e o chute
passou à direita do gol.
O goleiro, entretanto, nada pôde fazer para evitar o golaço do
seu ex-companheiro Sandro Hiroshi. Aos 16min, o atacante driblou Jean e chutou forte no canto
esquerdo do goleiro.
A torcida passou a vaiar Jean e a
chiar a cada jogada perdida. Atitude que se repetiu até Luis Fabiano, aos 12min do segundo tempo,
empatar o jogo depois de boa jogada armada pela direita pelo
meia Aílton, que substituíra Sousa, machucado, no intervalo.
O atacante aproveitou chute
cruzado na área de Kaká, que havia sido servido pelo reserva, para
empurrar a bola e marcar.
A euforia não durou um minuto. No ataque seguinte à saída de
bola, o lateral-direito do Figueirense, Paulo Sérgio, avançou sem
marcação e cruzou na área. Leonardo, que marcava Luís Fernando, escorregou e deixou o rival livre para acertar um belo chute,
desempatando o jogo.
Com o time perdendo em casa,
Rojas interferiu na tática. Tirou
Júlio Baptista e colocou Kléber.
Foi dos pés do novato que saiu a
jogada do gol de empate. Ele tocou para Luis Fabiano, que deu
um drible e chutou forte, cruzado.
A bola tocou o travessão e entrou.
O São Paulo passou a insistir
com uma sequência de chutes a
gol até a virada: Fabiano recebeu
no meio, tabelou com Kaká e cruzou com precisão para Gustavo
Nery, que desviou com a perna esquerda para decretar o 3 a 2.
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