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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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FUTEBOL

Equipe, que esteve duas vezes atrás no placar, arranca vitória nos dez últimos minutos e sobe para a sétima posição

São Paulo vira e dedica triunfo a Oliveira

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma frenética virada no segundo tempo deu a vitória ao São Paulo, ontem, sobre o Figueirense, por 3 a 2. Resultado que foi dedicado pelos jogadores ao técnico Oswaldo de Oliveira, demitido anteontem pelo presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa.
Ricardinho e Luis Fabiano lembraram o ex-comandante tão logo o jogo acabou. "Tenho certeza de que ele torceu por nós", disse o meia. Já Luis Fabiano, que marcou duas vezes ontem, disse ter ficado triste com a decisão da presidência e foi além. "Foi a mesma coisa que perder um parente. É doloroso. Por isso dedico a vitória a ele, com quem vivi a melhor fase da minha carreira."
Os dois ainda destacaram que a garra que mostraram no segundo tempo é também mérito de Oliveira, 52, que montou o time.
Na prática, depois de um primeiro tempo apático, assim como os 20 minutos iniciais da etapa final, uma substituição do técnico interino Roberto Rojas mudou o panorama da partida: a troca de um volante por um atacante.
Sem a retranca 4-5-1 que havia sido escolhida por Oliveira e mantida por Rojas até então, o São Paulo passou a testar incansavelmente o goleiro Édson Bastos, que deixou a vitória mudar de lado apenas aos 46min -os catarinenses haviam feito 1 a 0, 2 a 1, mas deixaram a primeira vitória no campeonato escapar nos últimos dez minutos de partida.
Mas antes o jogo esteve "perdido". Irritada com o futebol de alguns são-paulinos, que repetiam a má atuação do jogo da última quinta-feira, contra o mesmo Figueirense, a torcida vaiava.
Com o meia Sousa na vaga do atacante suspenso Reinaldo, o time não rompia a retranca do Figueirense. Kaká, adiantado para acompanhar Luis Fabiano, não conseguia avançar nas poucas vezes em que era acionado.
As melhores chances do time da casa no primeiro tempo foram em cobranças de faltas.
Já os catarinenses apostavam nos contra-ataques. Logo aos 7min, Léo Macaé quase abriu o placar com um chute cruzado -Rogério saiu bem, e o chute passou à direita do gol.
O goleiro, entretanto, nada pôde fazer para evitar o golaço do seu ex-companheiro Sandro Hiroshi. Aos 16min, o atacante driblou Jean e chutou forte no canto esquerdo do goleiro.
A torcida passou a vaiar Jean e a chiar a cada jogada perdida. Atitude que se repetiu até Luis Fabiano, aos 12min do segundo tempo, empatar o jogo depois de boa jogada armada pela direita pelo meia Aílton, que substituíra Sousa, machucado, no intervalo.
O atacante aproveitou chute cruzado na área de Kaká, que havia sido servido pelo reserva, para empurrar a bola e marcar.
A euforia não durou um minuto. No ataque seguinte à saída de bola, o lateral-direito do Figueirense, Paulo Sérgio, avançou sem marcação e cruzou na área. Leonardo, que marcava Luís Fernando, escorregou e deixou o rival livre para acertar um belo chute, desempatando o jogo.
Com o time perdendo em casa, Rojas interferiu na tática. Tirou Júlio Baptista e colocou Kléber. Foi dos pés do novato que saiu a jogada do gol de empate. Ele tocou para Luis Fabiano, que deu um drible e chutou forte, cruzado. A bola tocou o travessão e entrou.
O São Paulo passou a insistir com uma sequência de chutes a gol até a virada: Fabiano recebeu no meio, tabelou com Kaká e cruzou com precisão para Gustavo Nery, que desviou com a perna esquerda para decretar o 3 a 2.


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