São Paulo, terça-feira, 05 de junho de 2007

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Nem longevidade recorde faz técnico gaúcho tirar pés do chão

Mano Menezes agradece elogios, mas diz que futebol tem seus altos e baixos

SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Mano Menezes, 44, busca seu primeiro título internacional à frente do Grêmio, primeiro e único clube de primeira divisão que comandou. Há pouco mais de dois anos, porém, a situação era bem diferente.
A equipe amargava a segunda divisão nacional, e o técnico tinha a missão de devolvê-la à elite. Conseguiu e ficou. Hoje é o treinador que há mais tempo está no cargo dentre as equipes da Série A do Brasileiro.
A vitória por 2 a 0 contra o Santos no primeiro jogo das semifinais da Libertadores, na quarta passada, rendeu elogios a Mano -Vanderlei Luxemburgo, técnico santista, chegou a dizer que o resultado havia sido "injusto" para o Grêmio.
Embora seja ídolo dos gremistas, o técnico só conquistou a confiança da torcida sete meses após sua contratação, com a volta à Série A. "O que vem acontecendo comigo nesses dois anos é muito intenso. Logicamente isso me surpreende um pouco, mas me preparei para viver este momento e tenho tido a preocupação de manter os pés no chão", afirma.
Com contrato até o final do ano, Mano diz que não vem sendo sondado por outros clubes ou por empresários. "Eu tenho uma linha como profissional que não permite muito essa questão do assédio se não pretendo romper um contrato."
Com uma equipe média e sem estrelas, Mano revela alguns ingredientes de sua receita: um bom trabalho técnico, paciência e aproveitamento do que cada jogador oferece.
São elementos da estratégia com a qual o técnico superou expectativas e chegou como favorito ao segundo jogo das semifinais da Libertadores.
Questionado sobre a chuva de elogios que tem recebido -no Brasileiro do ano passado, Luxemburgo já citava o trabalho "brilhante" do colega-, Mano prefere a prudência.
"Os elogios hoje são para mim, mas o futebol é feito de muitos altos e baixos. Na quarta [amanhã], podem acabar se dirigindo a ele [Luxemburgo]."
O treinador diz que é cedo para especulações sobre a final da Libertadores, como sua preferência de adversário.
"Seria prepotência admitir que estamos na final. Se o Grêmio fizer um gol na Vila Belmiro antes de o Santos marcar, nossas possibilidades aumentam. É claro que o Santos tem possibilidade ainda de chegar, nós é que não podemos deixar."


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