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Nem longevidade recorde faz técnico gaúcho tirar pés do chão
Mano Menezes agradece elogios, mas diz que futebol tem seus altos e baixos
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Mano Menezes, 44, busca
seu primeiro título internacional à frente do Grêmio, primeiro e único clube de primeira divisão que comandou. Há pouco
mais de dois anos, porém, a situação era bem diferente.
A equipe amargava a segunda
divisão nacional, e o técnico tinha a missão de devolvê-la à
elite. Conseguiu e ficou. Hoje é
o treinador que há mais tempo
está no cargo dentre as equipes
da Série A do Brasileiro.
A vitória por 2 a 0 contra o
Santos no primeiro jogo das semifinais da Libertadores, na
quarta passada, rendeu elogios
a Mano -Vanderlei Luxemburgo, técnico santista, chegou
a dizer que o resultado havia sido "injusto" para o Grêmio.
Embora seja ídolo dos gremistas, o técnico só conquistou
a confiança da torcida sete meses após sua contratação, com a
volta à Série A. "O que vem
acontecendo comigo nesses
dois anos é muito intenso. Logicamente isso me surpreende
um pouco, mas me preparei para viver este momento e tenho
tido a preocupação de manter
os pés no chão", afirma.
Com contrato até o final do
ano, Mano diz que não vem
sendo sondado por outros clubes ou por empresários. "Eu tenho uma linha como profissional que não permite muito essa
questão do assédio se não pretendo romper um contrato."
Com uma equipe média e
sem estrelas, Mano revela alguns ingredientes de sua receita: um bom trabalho técnico,
paciência e aproveitamento do
que cada jogador oferece.
São elementos da estratégia
com a qual o técnico superou
expectativas e chegou como favorito ao segundo jogo das semifinais da Libertadores.
Questionado sobre a chuva
de elogios que tem recebido
-no Brasileiro do ano passado,
Luxemburgo já citava o trabalho "brilhante" do colega-,
Mano prefere a prudência.
"Os elogios hoje são para
mim, mas o futebol é feito de
muitos altos e baixos. Na quarta [amanhã], podem acabar se
dirigindo a ele [Luxemburgo]."
O treinador diz que é cedo
para especulações sobre a final
da Libertadores, como sua preferência de adversário.
"Seria prepotência admitir
que estamos na final. Se o Grêmio fizer um gol na Vila Belmiro antes de o Santos marcar,
nossas possibilidades aumentam. É claro que o Santos tem
possibilidade ainda de chegar,
nós é que não podemos deixar."
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