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Manchester United renuncia ao 1º Mundial de clubes da Fifa
da Reportagem Local
O Manchester United, campeão
europeu de futebol, anunciou ontem que não vai disputar a primeira edição do Campeonato Mundial
de clubes da Fifa, marcado para o
período entre 5 e 14 de janeiro do
ano que vem, no Brasil, no México
ou na Arábia Saudita.
"Tudo o que sei desse torneio
vem da imprensa. Não recebi nenhuma comunicação oficial. Mas,
se estão falando em gastar três semanas nisso, posso dizer que é
quase impossível para qualquer time inglês", afirmou o presidente
do clube, Martin Edwards.
Segundo o dirigente, na próxima
temporada, o Manchester planeja
fazer 38 jogos no Campeonato Inglês, 17 na Copa dos Campeões,
sem contar os das Copas da Inglaterra e da Liga Inglesa. "Enquanto
a primeira divisão tiver 20 clubes,
os times ingleses estarão fora dessa
Copa", afirmou Edwards.
O Manchester, que fez 62 jogos
na última temporada e planeja fazer mais de 70 na seguinte, confirmou a participação na Supercopa
da Europa, no dia 27 de agosto, e
no Mundial interclubes, em Tóquio, no dia 30 de novembro, contra o vencedor da Taça Libertadores da América -Palmeiras ou
Deportivo Cali.
A decisão do dirigente inglês não
tem apenas razões esportivas, mas
também político-financeiras. O
Manchester, o clube mais rico do
mundo (faturamento de US$ 140
milhões em 1998), está numa queda-de-braço com o presidente da
Fifa, Joseph Blatter.
O clube, como as demais equipes
ricas européias, não aceita a tradição da Fifa de se apoderar dos direitos de imagem das competições
que organiza -as Copas de 2002 e
2006 devem render mais de US$
2,2 bilhões.
No caso de um Mundial de clubes, as agremiações européias querem vender os direitos de TV, como já fazem em várias competições nacionais e continentais.
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