São Paulo, sábado, 5 de junho de 1999

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Manchester United renuncia ao 1º Mundial de clubes da Fifa

da Reportagem Local

O Manchester United, campeão europeu de futebol, anunciou ontem que não vai disputar a primeira edição do Campeonato Mundial de clubes da Fifa, marcado para o período entre 5 e 14 de janeiro do ano que vem, no Brasil, no México ou na Arábia Saudita.
"Tudo o que sei desse torneio vem da imprensa. Não recebi nenhuma comunicação oficial. Mas, se estão falando em gastar três semanas nisso, posso dizer que é quase impossível para qualquer time inglês", afirmou o presidente do clube, Martin Edwards.
Segundo o dirigente, na próxima temporada, o Manchester planeja fazer 38 jogos no Campeonato Inglês, 17 na Copa dos Campeões, sem contar os das Copas da Inglaterra e da Liga Inglesa. "Enquanto a primeira divisão tiver 20 clubes, os times ingleses estarão fora dessa Copa", afirmou Edwards.
O Manchester, que fez 62 jogos na última temporada e planeja fazer mais de 70 na seguinte, confirmou a participação na Supercopa da Europa, no dia 27 de agosto, e no Mundial interclubes, em Tóquio, no dia 30 de novembro, contra o vencedor da Taça Libertadores da América -Palmeiras ou Deportivo Cali.
A decisão do dirigente inglês não tem apenas razões esportivas, mas também político-financeiras. O Manchester, o clube mais rico do mundo (faturamento de US$ 140 milhões em 1998), está numa queda-de-braço com o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
O clube, como as demais equipes ricas européias, não aceita a tradição da Fifa de se apoderar dos direitos de imagem das competições que organiza -as Copas de 2002 e 2006 devem render mais de US$ 2,2 bilhões.
No caso de um Mundial de clubes, as agremiações européias querem vender os direitos de TV, como já fazem em várias competições nacionais e continentais.



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