São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2001

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PAINEL FC

Boné 1
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, renunciará ao cargo, que ocupa desde 1989, se o Brasil não se classificar para a Copa de 2002. O dirigente, abatido com a derrota para o Uruguai, fez a confidência a amigos e assessores diretos após a partida do domingo passado em Montevidéu.

Boné 2
Mas Teixeira não deixará o caminho livre para os adversários. Se o desastre acontecer, fará o possível para manter a presidência da entidade ocupada por alguém da sua confiança.

Boné 3
Inimigos do presidente da CBF não se comoveram com a possibilidade da renúncia. Dizem que é o mínimo que ele poderá fazer se a seleção brasileira ficar fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez. Lembraram até que a CPI da Câmara já pediu a saída do dirigente, independentemente de o Brasil se classificar ou não.

Chefão
Luiz Felipe Scolari abandonou ontem a fama de mandão em sua primeira visita à sede da CBF, no Rio. Ele se recusou a falar sobre os planos da entidade na preparação para o jogo contra o Paraguai. Disse que somente Ricardo Teixeira falaria.

Preparação ideal
O empresário J. Hawilla, dono da Traffic, defende a realização da Copa América em janeiro do ano que vem. Diz que a competição é ideal para que as seleções classificadas para o Mundial se preparem. "É sempre bom enfrentar equipes de nível."

Impacto zero
Apesar de não acreditar que o Brasil fique fora da Copa, Hawilla diz que a Fifa não seria afetada com a possível eliminação da equipe brasileira. Segundo ele, todas as cotas de patrocínio para o Mundial já foram vendidas, e a procura por ingressos é intensa.

Para baixo
O público da Copa dos Campeões, disputada no Nordeste, caiu em relação ao torneio do ano passado, pelo menos até os jogos de ontem à noite. Em 2000, a média foi de 22,3 mil torcedores por jogo. Nesta edição, a média caiu para 15,5 mil.

Antes da hora
O lateral da seleção brasileira e da Roma, Cafu, lançou anteontem à noite seu site na internet. Ontem, porém, no endereço eletrônico da página www.cafu2. com.br, via-se apenas um aviso: site em construção.

Exagerado...
Depois de afirmar que ""amor à camisa é conversa fiada", o lateral Roberto Carlos se excedeu para tentar provar seu amor à seleção. Disse apoiar o pedido da CBF aos clubes para liberar os atletas pelo menos dez dias antes de cada jogo.

...jogado aos teus pés
Roberto Carlos foi além: "Se for convocado contra o Paraguai, vou de todo jeito. Se o Real Madrid não me liberar, pego o primeiro avião e venho para o Brasil. A coisa que eu mais quero é jogar pela seleção".

Benemérito
Seguindo exemplo de Cafu, que lançou sua fundação, Roberto Carlos disse que vai aproveitar as duas semanas de suas férias em Araras (SP) para visitar orfanatos, asilos e creches. O lateral disse que doará recursos para abrir uma UTI infantil no hospital público da cidade. Depois das atividades beneficentes, irá descansar em Fortaleza.

Gazeteiro
Sócio de Eduardo José Farah numa fazenda em Barra do Garça, Emerson Leão aproveitou a entrevista coletiva que deu na sede da FPF ontem para fazer propaganda do jornal ""Futebol Paulista", que promove a entidade. Comentou uma reportagem sobre o inferno astral de Wanderley Luxemburgo.

Alívio
A diretoria do Flamengo pagou ontem aos jogadores dois meses de salários que estavam atrasados. O clube, que enfrenta grave crise financeira, espera com isso "respirar" na busca de um novo parceiro. No Senado, os dirigentes rubro-negros continuam na mira da CPI.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do atacante Jardel, que defendeu o Galatasaray (Turquia) e deve ir para o futebol francês, sobre a possibilidade de voltar a jogar no Brasil:
- Não passa pela minha cabeça de maneira alguma. Para o Brasil, só de férias.

CONTRA-ATAQUE

Mico

O coordenador técnico da seleção brasileira, Antônio Lopes, anda se esmerando para agradar ao técnico Luiz Felipe Scolari.
Ele, que já foi chamado de rainha da Inglaterra nos corredores da CBF, ganhou agora o venenoso apelido de "motorista".
Após a convocação do time para o jogo contra o Uruguai, Lopes levou Scolari até o aeroporto Santos Dumont, no Rio. O coordenador dirigiu o carro.
Ontem, na saída de Scolari, após visita do técnico à sede da CBF, na rua da Alfândega, centro do Rio, Lopes quis levar o técnico até o carro seu para conceder-lhe mais uma carona.
O estacionamento, no entanto, ficava do outro lado da avenida Presidente Vargas, com quatro pistas.
Scolari estava na frente, Lopes ia correndo atrás do treinador.
Na terceira pista, o sinal fechou. Como não conseguiam passar, Lopes entrou na frente de um ônibus para parar o trânsito. Todos se assustaram, e Felipão não atravessou.
Lopes, sem graça, assistiu depois ao técnico atravessar calmamente a movimentada via.



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