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FUTEBOL
Técnico quer que cinco titulares mudem forma de jogar na Copa
América
No time B, Parreira repete improvisações do Brasil A
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores são diferentes,
mas as improvisações que caracterizam o Brasil de Carlos Alberto
Parreira na seleção principal serão repetidas na equipe que disputará a Copa América.
O técnico da seleção, que não
contará com nenhum de seus titulares no torneio continental, colocará seus pupilos em ação no
Peru em posições e funções diferentes das que costumam exercer
em suas equipes.
As improvisações serão sentidas em todos os três setores da
equipe, que estréia na Copa América diante do Chile, na quinta.
Na defesa, Mancini e Gustavo
Nery terão que se readaptar a funções que não desempenham com
freqüência faz tempo. O ala da
Roma, que tem liberdade para
avançar ao ataque na Itália e marcou dez gols na temporada, terá
que jogar como lateral-direito,
protegendo a defesa.
O são-paulino Gustavo Nery
também atuará numa posição
que não é sua preferida. Utilizado
normalmente como meia no Morumbi, o jogador foi escalado pelo
técnico da seleção como lateral-esquerdo. Nery tem dito que prefere jogar no meio, mas seguirá o
que Parreira lhe pedir.
No meio-campo, serão pelo menos duas as improvisações. Edu,
que defende o Arsenal como volante, jogará mais avançado, no
setor de criação. Já Kleberson, que
tem papel ofensivo no Manchester United, será segundo volante.
Luis Fabiano, motivo de preocupação da comissão técnica por
causa dos problemas no São Paulo, não poderá ser o último atacante. Jogará mais recuado, cabendo a Adriano exercer o papel
que normalmente é de Ronaldo.
No jogo contra a Argentina, a
primeira real chance de Luis Fabiano na seleção, o são-paulino
teve que buscar o jogo no meio-campo e foi mal. Após a partida,
disse que teria que aprender a
atuar mais recuado.
Apesar da série de improvisações, Parreira abriu mão de dois
treinamentos previamente programados em Arequipa.
Ontem, o técnico cancelou trabalho à tarde -fez coletivo pela
manhã. Avaliou que seria melhor
deixar seus pupilos descansando
por causa da altitude.
Arequipa, palco dos três jogos
da seleção na primeira fase, está
localizada a 2.335 m acima do nível do mar. "Para você se adaptar
à atitude, precisaria de pelo menos duas semanas. No primeiro
jogo, não estaremos todos adaptados, mas pelo menos ambientados", disse Parreira.
Hoje, o time volta a trabalhar
em um período, contrariando
programação inicial. "No treino
de hoje [ontem], nenhum jogador
sentiu a altitude. Mas todo mundo estava com as pernas pesadas",
declarou o treinador.
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