São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2004

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FUTEBOL

Técnico quer que cinco titulares mudem forma de jogar na Copa América

No time B, Parreira repete improvisações do Brasil A

DA REPORTAGEM LOCAL

Os jogadores são diferentes, mas as improvisações que caracterizam o Brasil de Carlos Alberto Parreira na seleção principal serão repetidas na equipe que disputará a Copa América.
O técnico da seleção, que não contará com nenhum de seus titulares no torneio continental, colocará seus pupilos em ação no Peru em posições e funções diferentes das que costumam exercer em suas equipes.
As improvisações serão sentidas em todos os três setores da equipe, que estréia na Copa América diante do Chile, na quinta.
Na defesa, Mancini e Gustavo Nery terão que se readaptar a funções que não desempenham com freqüência faz tempo. O ala da Roma, que tem liberdade para avançar ao ataque na Itália e marcou dez gols na temporada, terá que jogar como lateral-direito, protegendo a defesa.
O são-paulino Gustavo Nery também atuará numa posição que não é sua preferida. Utilizado normalmente como meia no Morumbi, o jogador foi escalado pelo técnico da seleção como lateral-esquerdo. Nery tem dito que prefere jogar no meio, mas seguirá o que Parreira lhe pedir.
No meio-campo, serão pelo menos duas as improvisações. Edu, que defende o Arsenal como volante, jogará mais avançado, no setor de criação. Já Kleberson, que tem papel ofensivo no Manchester United, será segundo volante.
Luis Fabiano, motivo de preocupação da comissão técnica por causa dos problemas no São Paulo, não poderá ser o último atacante. Jogará mais recuado, cabendo a Adriano exercer o papel que normalmente é de Ronaldo.
No jogo contra a Argentina, a primeira real chance de Luis Fabiano na seleção, o são-paulino teve que buscar o jogo no meio-campo e foi mal. Após a partida, disse que teria que aprender a atuar mais recuado.
Apesar da série de improvisações, Parreira abriu mão de dois treinamentos previamente programados em Arequipa.
Ontem, o técnico cancelou trabalho à tarde -fez coletivo pela manhã. Avaliou que seria melhor deixar seus pupilos descansando por causa da altitude.
Arequipa, palco dos três jogos da seleção na primeira fase, está localizada a 2.335 m acima do nível do mar. "Para você se adaptar à atitude, precisaria de pelo menos duas semanas. No primeiro jogo, não estaremos todos adaptados, mas pelo menos ambientados", disse Parreira.
Hoje, o time volta a trabalhar em um período, contrariando programação inicial. "No treino de hoje [ontem], nenhum jogador sentiu a altitude. Mas todo mundo estava com as pernas pesadas", declarou o treinador.



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