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Estádios viram vitrine para antichavistas
DO ENVIADO A MÉRIDA
Idealizados para ser uma vitrine mundial do governo, os
novos ou reformados estádios
da Copa América têm sido palco também de fortes manifestações contrárias ao presidente
socialista Hugo Chávez.
Por três vezes, o refrão "E vai
cair, e vai cair, esse governo vai
cair" foi ouvido em todo o estádio Metropolitano, anteontem
à noite, em Mérida, turística cidade andina 680 km a oeste de
Caracas. Com capacidade para
42 mil pessoas, estava lotado
para ver o empate sem gols de
Venezuela e Uruguai.
Pouco antes do jogo, boa parte dos torcedores gritava "liberdade" cada vez que um dos jogadores da Venezuela era
anunciado nos alto-falantes.
A palavra foi uma das mais
usadas pelos estudantes nas
manifestações ocorridas em
várias parte do país em junho,
após Chávez ter tirado do ar a
emissora oposicionista RCTV.
Os chavistas, em minoria,
não conseguiram responder à
altura. Um simpatizante, enquanto um grupo da oposição
criticava o presidente, ele tentava convencer um soldado do
Exército a reagir. Foi ignorado.
Protestos semelhantes também foram ouvidos em Maracaibo, segunda maior cidade do
país, e em outras cidades. Apesar de manter perto de 60% de
popularidade, Chávez sofre forte rechaço na classe média, da
qual se compõe a maior parte
do público nos estádios.
(FM)
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