São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2007

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Estádios viram vitrine para antichavistas

DO ENVIADO A MÉRIDA

Idealizados para ser uma vitrine mundial do governo, os novos ou reformados estádios da Copa América têm sido palco também de fortes manifestações contrárias ao presidente socialista Hugo Chávez.
Por três vezes, o refrão "E vai cair, e vai cair, esse governo vai cair" foi ouvido em todo o estádio Metropolitano, anteontem à noite, em Mérida, turística cidade andina 680 km a oeste de Caracas. Com capacidade para 42 mil pessoas, estava lotado para ver o empate sem gols de Venezuela e Uruguai.
Pouco antes do jogo, boa parte dos torcedores gritava "liberdade" cada vez que um dos jogadores da Venezuela era anunciado nos alto-falantes.
A palavra foi uma das mais usadas pelos estudantes nas manifestações ocorridas em várias parte do país em junho, após Chávez ter tirado do ar a emissora oposicionista RCTV.
Os chavistas, em minoria, não conseguiram responder à altura. Um simpatizante, enquanto um grupo da oposição criticava o presidente, ele tentava convencer um soldado do Exército a reagir. Foi ignorado.
Protestos semelhantes também foram ouvidos em Maracaibo, segunda maior cidade do país, e em outras cidades. Apesar de manter perto de 60% de popularidade, Chávez sofre forte rechaço na classe média, da qual se compõe a maior parte do público nos estádios. (FM)


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