São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2007

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Daiane ignora escritas e não opta entre Pan e Mundial

Ginasta se diz mais experiente para lidar com a pressão do que em Atenas-04 e deixa em dúvida se fará no Brasil sua despedida em Jogos Pan-Americanos

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Principal esperança de medalha da ginástica na Olimpíada de Atenas, há três anos, Daiane dos Santos, 24, está entre duas escritas.
A gaúcha nunca foi campeã dos Jogos Pan-Americanos (tem dois bronzes e uma prata). Por outro lado, venceu todas as competições internacionais mais importantes disputadas no Brasil recentemente, como as etapas da Copa do Mundo.
Alegando estar mais experiente para lidar com a pressão depois dos Jogos Olímpicos, ela declarou que não liga muito para essas marcas.
A seguir, trechos da entrevista concedida ontem na Vila Pan-Americana.

 

FOLHA - Você já obteve medalhas em Pans, mas não o ouro. Os Jogos do Rio serão sua última chance de consegui-lo?
DAIANE DOS SANTOS
- Já consegui medalhas de prata e bronze neste evento antes. E não sei se este será o meu último Pan.

FOLHA - Nos eventos internacionais recentes no Brasil, porém, você sempre foi campeã. Qual escrita vai prevalecer?
DAIANE
- Não penso muito em tabus, escritas. Cada competição é uma competição diferente. Sei que tenho chances reais, mas não posso prometer medalhas... Mas é claro: querer, eu quero.

FOLHA - Depois de Atenas, ficou mais fácil lidar com a pressão?
DAIANE
- Com o passar das competições, vem mais experiência. Aprender a lidar com a pressão é algo relativamente novo na ginástica brasileira.

FOLHA - Os eventos da ginástica são um dos que tiveram mais procura por ingressos. Acha que tem uma importância pessoal nisso?
DAIANE
- Isso [a procura pelos bilhetes] é muito importante. Mostra que as pessoas querem ver os ginastas, que se interessam mais pelo esporte. Acho que a minha contribuição para isso é a mesma de todos os outros atletas e técnicos aqui presentes.

FOLHA - Que tal a Vila do Pan?
DAIANE
- Acho que está muito melhor que Santo Domingo [sede do último Pan, na República Dominicana]. Alguns canadenses com quem falei elogiaram também. O quarto está muito agradável, e temos tudo que é necessário para conseguir um bom resultado.

FOLHA - A próxima grande competição depois do Pan é o Mundial, em setembro. É possível disputar os dois no mesmo nível técnico?
DAIANE
- Sim. Dá para chegar às duas competições no mesmo nível. Em 1999 e em 2003 foi a mesma coisa, [respectivamente] com os Jogos de Winnipeg [Canadá] e Santo Domingo. É assim o calendário.

FOLHA - Qual dos dois ouros você mais deseja?
DAIANE
- Não tem como escolher [risos]. Todos os atletas sempre querem ganhar. Se for possível, quero os dois.


Colaborou CRISTIANO CIPRIANO POMBO , da Reportagem Local


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