São Paulo, domingo, 05 de julho de 2009

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JUCA KFOURI

O melhor do Brasil


Corinthians ou Cruzeiro? Ou, ainda, o Inter? O Galo?! O torcedor sempre quer saber. Às vezes, não dá


O CRUZEIRO está na final da Libertadores. Está no lugar em que todos os clubes da América gostariam de estar. E de maneira indiscutível, jogando um futebol frequentemente bom de se ver, graças, principalmente, a Marquinhos Paraná, Wagner, Ramires e Kléber.
Contra o Grêmio, no Olímpico, por exemplo, foi duplamente letal em dois minutos e fez dois gols para garantir a vaga na decisão diante da parada dura que será o Estudiantes. Depois, deixou o tempo passar e o tricolor gaúcho empatar.
E aí é que mora o risco. Qualquer vacilo na decisão e pronto.
Se o time mineiro perder, será desprezado. Se vencer, o que é bem provável, fatalmente será apontado como o melhor do país, mesmo que, eventualmente, não seja.
Já o Corinthians, que superou o Inter, até então apontado como o melhor do Brasil, ganhou muitos adeptos que o apontam como o indiscutível número 1. Talvez seja mesmo, mas talvez não seja tanto.
A defesa do Corinthians, com o meio de campo do Cruzeiro e o ataque do Inter, isso sim, daria um timaço. Se bem que Ronaldo não poderia ficar fora do time, um bom tema para os botequins da vida e para as nossas intermináveis discussões, sem "merchans", por favor.
Mas e os bons volantes Cristian e Elias, além do faz-tudo São Jorge Henrique, ficariam no banco? E os argentinos Guiñazu e D'Alessandro? E os goleiros Victor e Fábio?
Mas peraí! E o São Paulo de tantos bons jogadores? Nem se fala mais? O Palmeiras de Cleiton Xavier e de Diego Souza, de São Marcos, virou carta fora do baralho?
Alguém aí se lembrou do Galo, afinal o líder do Brasileirão?
O primeiro semestre acabou e sorriu mais mesmo para o Corinthians e para o Cruzeiro, o primeiro porque já com duas missões bem cumpridas, no Estadual e numa taça nacional, embora ambas menores que o Brasileiro e a Libertadores. O Cruzeiro também levou o título estadual e está perto da segunda coroa, mais valiosa que a corintiana e maior objeto do desejo alvinegro.
Se provavelmente não exista resposta para a questão, o fato é que daqui para frente o Brasileirão deve concentrar as atenções de todos menos de um, o Cruzeiro, que tem duas quartas-feiras decisivas pela frente. Que se dê bem nelas.
E, no fim do ano, que seja eleito o melhor. Agora é cedo.

Kirrata
E por falar em campeonatos estaduais, nacionais etc., resta dizer que, na coluna da última quinta- -feira, faltou mencionar que os tais sete títulos nacionais de Flamengo e Corinthians são contabilizados pós-fundação da CBF, em 1979.
Porque antes disso, tudo somado, o Palmeiras tem nove e o Santos tem oito títulos nacionais, para não falar da supremacia do São Paulo quando se juntam suas conquistas internacionais ao hexa nacional.

Até já
Esta coluna para por uma semana para pôr as ideias em ordem e aderir, em Portugal, ao movimento de desobediência às normas da nova ortografia. Tomara que não perca o lugar, mas quem não para para pensar faz essas bobagens de achar que escrever é igual a falar.

blogdojuca@uol.com.br

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