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FUTEBOL
Atletas com cartão amarelo podem não pegar Chile; Flávio Conceição e Zé Roberto devem substituir suspensos
Seleção estuda poupar indisciplinados
dos enviados a Foz do Iguaçu
O técnico
Wanderley Luxemburgo estuda a possibilidade de poupar alguns jogadores
na partida de
amanhã, contra
o Chile, às 21h40 (de Brasília), em
Ciudad del Este, no Paraguai, pela
última rodada do Grupo B.
Mais do que o cansaço físico -o
vencedor dessa chave volta a jogar,
nas quartas-de-final, no domingo,
também no estádio Tres de Febrero- o que preocupa Luxemburgo
são os cartões.
Da equipe brasileira, três titulares -o lateral Cafu e os zagueiros
Antônio Carlos e Odvan- estão
pendurados com um cartão amarelo. Se receberem o segundo, não
jogam nas quartas-de-final.
""Os cartões amarelos só são zerados para a próxima fase para quem
tiver recebido apenas um na primeira fase", explicou o treinador.
""Quem estiver com dois será obrigado a cumprir a suspensão automática", completou.
Da mesma forma, se algum atleta
for expulso amanhã, não poderá
participar da próxima rodada.
No treino de ontem, o técnico pediu atenção aos atletas para não tomarem cartões desnecessários, como o amarelo do volante Émerson
na vitória sobre o México.
No hotel em que a seleção está
concentrada, Luxemburgo afirmou que só divulgará o time do
Brasil que pegará o Chile uma hora
antes do início do jogo.
""É um direito que tenho", disse o
treinador. ""Não só o de divulgar o
time no dia do jogo, mas o de poupar, se for o caso, alguns jogadores.
Jogamos de acordo com o que permite o regulamento."
O técnico quer esperar o resultado do jogo preliminar, entre México e Venezuela, para definir o time
que enfrentará os chilenos.
Se o México vencer por sete ou
mais gols de diferença, ameaçando
a primeira colocação do Brasil, Luxemburgo deve colocar em campo
sua força máxima.
Caso o Brasil perca para o Chile e
o México derrote a Venezuela, a
classificação do Grupo B será decidida no saldo de gols, já que brasileiros, chilenos e mexicanos acabariam com seis pontos cada.
Até agora, a vantagem no saldo é
do Brasil, que tem oito, contra dois
do Chile e zero do México.
Além dos possíveis poupados,
Luxemburgo não poderá contar
amanhã com Émerson, que cumpre suspensão por dois amarelos, e
com o meia-atacante Rivaldo, expulso contra o México.
No lugar do volante, deve colocar Flávio Conceição. No de Rivaldo, há duas alternativas: o meia Zé
Roberto ou o atacante Ronaldinho, que jogaria mais recuado,
deixando Ronaldo e Amoroso
mais adiantados.
Os chilenos também enfrentam
problemas semelhantes. O zagueiro José Vargas e o atacante Marcelo Salas, expulsos na vitória de anteontem, por 3 a 0 sobre a Venezuela, não jogam.
Motivação
Sobre as críticas sobre a atuação
no segundo tempo contra o México, quando o Brasil caiu de produção e quase cedeu o empate, os comandados por Luxemburgo negaram que houve relaxamento ou
falta de motivação.
""Foi o México que foi para cima,
não o Brasil que recuou", disse o
lateral Roberto Carlos.
O consultor técnico Candinho,
em nome do grupo, também negou ter percebido falta de vontade
ou menosprezo pelo adversário.
""Vocês se esquecem de que num
jogo há dois times. O outro lado teve seus méritos, e a gente não pode
ignorar. E o Brasil perdeu pelo menos três grandes contra-ataques
no segundo tempo, mas disso ninguém fala."
(ALEXANDRE GIMENEZ e
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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