São Paulo, Segunda-feira, 05 de Julho de 1999
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FUTEBOL
Atletas com cartão amarelo podem não pegar Chile; Flávio Conceição e Zé Roberto devem substituir suspensos
Seleção estuda poupar indisciplinados

dos enviados a Foz do Iguaçu


O técnico Wanderley Luxemburgo estuda a possibilidade de poupar alguns jogadores na partida de amanhã, contra o Chile, às 21h40 (de Brasília), em Ciudad del Este, no Paraguai, pela última rodada do Grupo B.
Mais do que o cansaço físico -o vencedor dessa chave volta a jogar, nas quartas-de-final, no domingo, também no estádio Tres de Febrero- o que preocupa Luxemburgo são os cartões.
Da equipe brasileira, três titulares -o lateral Cafu e os zagueiros Antônio Carlos e Odvan- estão pendurados com um cartão amarelo. Se receberem o segundo, não jogam nas quartas-de-final.
""Os cartões amarelos só são zerados para a próxima fase para quem tiver recebido apenas um na primeira fase", explicou o treinador. ""Quem estiver com dois será obrigado a cumprir a suspensão automática", completou.
Da mesma forma, se algum atleta for expulso amanhã, não poderá participar da próxima rodada.
No treino de ontem, o técnico pediu atenção aos atletas para não tomarem cartões desnecessários, como o amarelo do volante Émerson na vitória sobre o México.
No hotel em que a seleção está concentrada, Luxemburgo afirmou que só divulgará o time do Brasil que pegará o Chile uma hora antes do início do jogo.
""É um direito que tenho", disse o treinador. ""Não só o de divulgar o time no dia do jogo, mas o de poupar, se for o caso, alguns jogadores. Jogamos de acordo com o que permite o regulamento."
O técnico quer esperar o resultado do jogo preliminar, entre México e Venezuela, para definir o time que enfrentará os chilenos.
Se o México vencer por sete ou mais gols de diferença, ameaçando a primeira colocação do Brasil, Luxemburgo deve colocar em campo sua força máxima.
Caso o Brasil perca para o Chile e o México derrote a Venezuela, a classificação do Grupo B será decidida no saldo de gols, já que brasileiros, chilenos e mexicanos acabariam com seis pontos cada.
Até agora, a vantagem no saldo é do Brasil, que tem oito, contra dois do Chile e zero do México.
Além dos possíveis poupados, Luxemburgo não poderá contar amanhã com Émerson, que cumpre suspensão por dois amarelos, e com o meia-atacante Rivaldo, expulso contra o México.
No lugar do volante, deve colocar Flávio Conceição. No de Rivaldo, há duas alternativas: o meia Zé Roberto ou o atacante Ronaldinho, que jogaria mais recuado, deixando Ronaldo e Amoroso mais adiantados.
Os chilenos também enfrentam problemas semelhantes. O zagueiro José Vargas e o atacante Marcelo Salas, expulsos na vitória de anteontem, por 3 a 0 sobre a Venezuela, não jogam.

Motivação
Sobre as críticas sobre a atuação no segundo tempo contra o México, quando o Brasil caiu de produção e quase cedeu o empate, os comandados por Luxemburgo negaram que houve relaxamento ou falta de motivação.
""Foi o México que foi para cima, não o Brasil que recuou", disse o lateral Roberto Carlos.
O consultor técnico Candinho, em nome do grupo, também negou ter percebido falta de vontade ou menosprezo pelo adversário.
""Vocês se esquecem de que num jogo há dois times. O outro lado teve seus méritos, e a gente não pode ignorar. E o Brasil perdeu pelo menos três grandes contra-ataques no segundo tempo, mas disso ninguém fala." (ALEXANDRE GIMENEZ e JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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