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Europa esvazia ação antifuso e
só comissão de Zagallo se adapta
ARNALDO RIBEIRO
enviado especial a Los Angeles
A seleção brasileira de futebol
desembarcaria em Seul, Coréia do
Sul, na madrugada de hoje com
mais pessoas na comissão técnica
do que jogadores.
O caso não é nenhum "trem da
alegria", expressão para viagens
ao exterior com excesso de convidados. O problema é que só os
convocados que atuam no Brasil
puderam embarcar.
A viagem aos dois países da Ásia
que abrigarão a Copa do Mundo
de 2002 -Coréia e Japão- foi
bem antecipada para haver uma
adaptação ao fuso horário.
O tiro, porém, saiu pela culatra,
porque os jogadores que atuam no
futebol europeu só vão se apresentar a Zagallo 48 horas antes da partida contra os coreanos.
Viajaram sete atletas: Taffarel
(Atlético-MG), Carlos Germano
(Vasco), Gonçalves (Botafogo) e
Júnior Baiano (Flamengo), Denílson, Dodô (ambos do São Paulo) e
Donizete (Corinthians).
Menos, portanto, que o número
de integrantes da comissão técnica
e administrativa: Mario Jorge Zagallo (técnico), Américo Faria (supervisor da CBF), Luiz Roberto Zini (chefe da delegação), Nelson
Borges (assessor de imprensa),
Carlos Alberto da Luz (diretor da
CBF), além de médico, roupeiro,
massagista, preparador físico e seu
auxiliar. Ou seja, sete atletas contra dez integrantes da comissão.
O grupo é escoltado ainda por
dois representantes da Nike, patrocinadora da excursão.
O técnico da seleção se mostrou
conformado com a situação. "Seja
o que Deus quiser. Não era exatamente o que eu esperava", afirmou Zagallo. "Em seleção ou time
grande, hoje em dia, não dá para se
trabalhar na condição ideal", lamentou Américo Faria.
O mais contente no vôo era o zagueiro Gonçalves, que contava sua
participação em uma música para
um CD da gravadora Sony.
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