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Atleta cubano
diz ser vítima
de conspiração
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Após festejar a decisão que
permitiu sua participação nos
Jogos Olímpicos de Sydney, o
cubano Javier Sotomayor, recordista mundial do salto em
altura, disse ontem ser vítima
de um complô.
Informado sobre as declarações do dirigente da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) Arne Ljungqvist, segundo
as quais ele teria sido flagrado
mais de uma vez no exame antidoping por uso de cocaína, o
atleta reafirmou sua inocência.
"Não consumi drogas. O que
posso dizer é que alguém parece estar querendo destruir minha imagem de qualquer maneira", declarou Sotomayor
ontem, quando iniciava seus
treinamentos na Universidade
de Havana (Cuba).
Ele não soube revelar quais
seriam os responsáveis pela suposta "conspiração".
A Iaaf reduziu a suspensão ao
atleta em razão de sua conduta
ao longo da carreira, durante a
qual foi submetido a cerca de
300 exames negativos.
"Fico surpreso com essas declarações no momento atual",
disse o atleta, que ficou ausente
das pistas durante um ano.
Sotomayor, 32, afirmou, no
entanto, que continua sonhando com a medalha de ouro na
Olimpíada de Sydney.
Ele foi campeão olímpico em
Barcelona-92 e fracassou em
Atlanta-96 por causa de uma
contusão. Após retomar os
treinamentos, ele já saltou 2,30
m durante uma exibição. Seu
recorde mundial é de 2,45 m.
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